28 janeiro 2007

Mais um da série everybody else is doing it so why can’t I?

Já vi em uns blogs uma listinha dos 5 vídeos favoritos. Acontece que é difícil escolher favoritos. E eu to relendo (de novo!) Alta Fidelidade então se eu entrar numa fase de posts top 5, já sabem de quem é a culpa. Do Hornby. Mas eu o adoro mesmo assim. Então lá vai, os 5 vídeos preferidos:

5) Weapon of Choice - Fatboy Slim
Vídeo com coreografia. Além disso quem faz a coreografia é o Christopher Walken. O cara é genial! Direção de Spike Jonze, o mesmo cara por trás dos excelentes Buddy Holly (Weezer), Elektrobank (Chemical Brothers) e It’s Oh So Quiet (Björk).

4) The Universal – Blur
Excelente clipe com clara referência ao filme Laranja Mecânica. E qualquer vídeo que faça referência a esse filme merece entrar em listas de 5 mais.

3) All is full of love – Björk
Porque lista de 5 melhores videos sem a Björk não é possível. Nesse aqui ela humaniza máquinas. Adoro. Essa música também tem uma versão acústica muito boa do Ben Gibbard, vocalista do Death Cab For Cutie. Menção honrosa pra It’s Oh So Quiet (que resolvi deixar de fora).

2) Just – Radiohead
Esse video é tipo um filminho. Tem historinha e faz as pessoas se perguntarem no final “mas o que ele disse?!?”. Radiohead é o tipo de banda que também deve entrar em qualquer lista de 5 melhores vídeos. Várias opções, mas Just foi o escolhido.

1) Coffee and TV – Blur
Eu sei que o Blur já tem um outro vídeo nessa lista, mas Coffee and TV é clássico, clássico, clássico. O leitinho do Blur ultrapassou as barreiras do vídeo e hoje em dia tem comunidade, camiseta e está ao alcance de todos que quiserem montá-lo.

Bonus Tracks:

Bittersweet Symphony – The Verve
Richard Ashcroft andando pela rua alheio a tudo. Clááááássico. É bonus track porque vai ficar marcada pra sempre como a música que tocou quando fui pegar meu canudo na formatura.

Novocaine For The Soul – Eels
Bandinha desconhecida de muita gente. Adoro esse vídeo desde a primeira vez que o vi. Além disso, tem uma das minhas frases favoritas em músicas: “Jesus and his lawyer are coming back”.

My Favorite Game – Cardigans
Versão sem cortes. Nina Person num conversível cruzando o deserto em alta velocidade promovendo alguma destruição. A música é ótima e o final é genial.

Enfim, meu top 5 tem 8. Isso porque a lista inicial tinha 12 vídeos...
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24 janeiro 2007

Meu dia começou hoje com uma versão passável de Losing My Religion no ônibus. Não pode ter rádio em ônibus e quando tem o motorista é um pagodeiro safado (já peguei ônibus com um motorista que levava um cavaquinho e tocava em cada sinal fechado. Abu Ghraib perde.) que importuna a todos com músicas horríveis então ouvir REM é um indicativo de dia bom.

Chega a parte da tarde e eu to quietinha na minha rotina de trabalho quando descubro que levamos uma comida do Ministério Público Federal. Vou eu ligar pra eles pra engolir sapo. Sim, entendo. Nós recebemos cópia integral dos autos e vamos analisar para elaborar nova resposta. Somos chamados de desobedientes. Assim, na cara. Sim, este ofício será tratado com absoluta prioridade. Ok. Obrigada, boa tarde. A mulher me desanca no telefone e eu agradeço. É um exercício de humildade desenvolver sangue de barata pra essas ocasiões.

1 hora mais tarde recebo um e-mail falando que um escritório cuida de 7 processos nossos. Bem, até onde sei eram 2 processos com 3 recursos. Agora vamos brincar de "mas de onde saíram a porra dos 2 outros processos, caralho?!?". Calma. Respira.

Nesse exato momento estou cercada por 6 pilhas de papel. 2 delas de tamanho razoável. Mas tudo bem, no meu fone de ouvido toca Komeda. Uma voz feminina cantarola It’s Alright, Baby. Então tá, vamos lá. Ao trabalho. Back To the 101. Thanks, Mr. Albert Hammond Jr.

Enquanto isso, comentários infames de toda sorte. É, a gente se fode mas se diverte.
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22 janeiro 2007

Eu ando ranzinza ou tenho amigas joselitas?

A história começa nos primeiros dias desse ano. Aniversário, saímos e rola uma emboscada. Armadilha mesmo. Pessoas presentes em número par e todos acompanhados, exceto eu e a outra vítima do golpe. Pra encurtar a história eu peguei o cara. Ou ele me pegou, não importa a ordem. Nós sabíamos que isso ia acontecer cedo ou tarde. No dia seguinte tenho uma ressaca moral e resolvo esquecer o assunto (mas como pode ser visto em post anterior, durou a semana inteira a ressaca).

Na verdade o primeiro parágrafo é uma nota introdutória. Acontece que esse fim de semana uma das minhas amigas confessou que tudo foi armado (como se eu precisasse da confirmação dela). Ela é casada e outra amiga minha é noiva. E elas estão descontroladas. Só sabem falar de casamento e etc e eu aqui querendo fugir desse tipo de coisa. Na boa, apresentar amigo do tipo “pra casar” é tãããããão next to last century...

E a outra embarcando na maluquice. Aos olhos delas eu devo ser uma encalhada. Na boa, eu já peguei o amiguinho, agora me deixem em paz. O pior é que ficam tentando identificar amigos que potencialmente me agradem. Resultado: não quero mais sair com elas. Não mesmo. Tá virando uma coisa muito desagradável e prefiro me afastar a falar na cara das duas “porra, dá pra parar de escrotice? EU escolho quem eu pego, caralho!”. No fundo você tem razão, pessoas casadas tendem a querer sair com pessoas igualmente casadas. Só tem uma coisa. Eu não planejo casar pelos próximos anos. Aliás, eu não planejo nada. Só sei que foi deprimente. Beber com gente da minha idade mas que parece ter 50 anos. Idéias do tempo da minha avó.

Eu to vendo a hora que eu vou ter que falar que a adolescente que elas conheceram morreu. Na boa, é tão difícil entender que eu não sou como elas? Que eu não preciso me relacionar com o primeiro que aparece pra suprir carências? Que eu não pretendo me casar tão cedo? Nessas horas eu lembro porque não conto nada pra elas sobre a minha vida afetiva. Se eu contar que saí com um as duas vão começar a imaginar que eu vou noivar (e alguém ainda faz isso?!?) e casar. Eu tenho o sacrossanto direito de pegar alguém uma noite e fingir que nada aconteceu depois. O primeiro encontro pode ser o último. Não existe isso de “sai com ele mais uma vez pra ver no que dá...”. Já deu errado, honey, abstrai. E tem mais, se eu sinto que não rolou, hum, empatia, nem troco telefone.

Tá, eu ando irritada...mas elas também não ajudam.

p.s: meu timing é uma merda. Mas eu não vou falar nada daquilo que você sugeriu. Daquele binômio que você falou acabamos ficando com a música (não se identifique que eu vou morrer de vergonha). Convenhamos, aquele projeto de DR é coisa de gente picareta. Somos dois picaretas. =)
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17 janeiro 2007

O dia chegou. Minhas pernas tremiam ao chegar. Sério. De repente tomou conta de mim o mais absoluto nervosismo. Não devia ser assim. Bem, ao longo da noite a coisa melhorou, mas a sensação de pernas bambas com a situação foi peculiar. Nunca, nunca mesmo tinha passado por isso.

E lá estava eu, sentada no meu lugar e ouvindo o que tinham a dizer. Absorvendo pela última vez o que aquelas pessoas tinham a dizer. De surpresa começo a lembrar de coisas que aconteceram há 5 anos. Lembro de tudo com uma nitidez absurda. Olhares, frases. Pequenas coisas, detalhes bobos. Imagens e sons que me invadem. Começo a sentir saudade, mesmo sabendo que ainda não acabou.

Na hora certa a menina tímida se levanta. Protocolo respeitado, ela se senta novamente. Se une aos seus iguais. É aí que a sensação de pertencimento chega e toma conta de tudo. Apaga dúvidas. Hoje me peguei escrevendo um e-mail pra uma amiga agradecendo por ela ter me convencido a fazer parte daquilo. Hoje me permito ver que convenções não determinam nada.

Ao chegar em casa, entorno uma garrafa de Prosecco. No dia seguinte me limito a perguntar se inspiro alguma espécie de orgulho. Ah, a insegurança. 2 dias depois ficam as certezas. E a vida segue.
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11 janeiro 2007

Tenho que aprender a me calar...

Estava eu na casa de uma tia e começa uma história de pai. O pai em questão era o meu avô. Lá pelas tantas minha priminha de 6 anos dispara pra mim "o que você tá falando de pai? Você não tem pai". Faz sentido ela pensar assim. Ela era pequena demais pra lembrar do meu pai. Chegou até a me perguntar o nome dele. Enfim. O problema é que eu tava com sono e tinha bebido, aí pra falar merda é um pulo né? Pois bem, digo eu que sim, tenho pai, mas escolhi não ter. Na boa, digressões sobre quebra de relações familiares com uma criança de 6 anos? Onde eu estava com a cabeça?

- Como assim você escolheu não ter pai?
- Eu escolhi, não queria mais.
- Por quê?
- Hum...
- Porque ele era chato?
- Era.
- Chato como?
- Hum...chato...(algum resquício de sanidade eu tinha que manter)
- Mas por que era chato?
- Um dia, quando você for maior um pouco, eu te conto.
- Mas eu quero saber agora!
- Agora não, quando você for maior prometo que conto.


Ela pareceu aceitar. E eu pensando que ela não tinha ouvido quando falei que preferi não ter pai. Vá entender em que crianças prestam atenção...

Engraçado que lendo isso aqui o discurso parece amargo e isso não condiz em nada com a realidade. A conversa foi num tom amigável, doce. As coisas estão tão bem resolvidas na minha cabeça que eu acho que o jeito blasé com que falo sobre isso deve chocar os outros.

Já ouvi tanta besteira de quem não entende nada sobre o assunto. As pessoas parecem querer sempre padronizar as situações. Há quem pense que eu tenho raiva dele (nem mais isso eu sinto, essa fase passou alguns anos atrás). Há quem ache que eu me afastei bancando a revoltada só porque meus pais se separaram. Essa última me irrita horrores. Isso é, no mínimo, me achar uma imbecil. Eu faço as minhas escolhas com base no que vejo, no que sei. Eu decidi que na minha vida não há espaço pro meu pai. Mas vocês não esperam que eu ponha aqui meus motivos e devasse a minha vida dessa forma né?

Esse é um jeito prático de levar a vida. O que é bom fica, o que é ruim descartamos. Isso nunca me impediu de fazer parte sim de uma família completamente pirada, mas que se ama. Mas que eu preciso aprender a não falar essas coisas perto de crianças, isso eu preciso...
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10 janeiro 2007

Sim, eu também vou falar da Cicarelli

Pois é, ela deu entrevista dizendo que a ação judicial que gerou o bloqueio do You Tube é coisa do namorado e que ela não tem nada a ver com isso e etc. Bem, agora é mole falar isso né? A questão é que ela entrou com a ação junto com o cara. Se ela desistiu depois não me interessa, ela já havia buscado a prestação jurisdicional, já tinha colocado as coisas em marcha. Aí agora vem posar de vítima. Vítima o caralho!

As coisas pra mim são bem simples. Ela resolveu trepar na praia e quem faz isso admite que pode ser flagrado por alguém. Então nem vem com essa de " eu tive minha privacidade violada". Ela assumiu o risco da atividade. Agora administra a merda, babe. E isso aqui não é uma defesa puritana do "oh, ela trepou na praia! Imoral, imoral!". Foda-se que ela trepou na praia. Por mim se ela quiser pode até trepar com o namorado, uma amiga e um anão plantando bananeira no meio do gramado do Maracanã em dia de Fla-Flu. Desde que ela saiba que depois não vai poder se fazer de vítima.

E o tal do Tato Malzoni? Fala sério! O cara nem é grandes coisas e deve estar se achando. Tem prova documental de que comeu a Cicarelli na praia. Pois é, Tato Malzoni e sua ridícula sunguinha verde com algas (só eu achei nojento ele pendurar algas no pau?) tomando de assalto o You Tube.

Enfim, tudo muito ridículo. E não há como conter o vídeo. O You Tube não é o único site que hospeda vídeos. Hoje em dia até aqueles sites que hospedavam imagens (e todo blogueiro conhece alguns deles) agora hospedam também vídeos. Fora os outros sites de hospedagem de vídeo que já existiam. Enquanto o arquivo circular por programinhas P2P ele pode ser republicado em uma infinidade de sites sem qualquer controle ou restrição.

Quer saber porque eles processaram? Só pro Tato Malzoni tentar tirar o dele da reta na toda poderosa instituição financeira Merrill Lynch. Até porque o povo brasileiro tá cagando pra quem trepa ou não na praia. Temos curiosidade de ver e tal, mas alguém fica realmente chocado com isso? Duvido. Aliás, torço pra que nunca cheguemos a viver a paranóia puritana dos EUA.

Mas o You Tube foi desbloqueado (eu nem cheguei a sofrer restrição) e todos vivem felizes. Todos menos a Cicarelli, que tá sendo bombardeada pela campanha de boicote (que eu já aderi). Pro Tato Malzoni tudo deve ser muito cômodo. Ele não dá entrevista, não fala, não aparece. Processa e deixa a merda toda estourar na mão da Cicarelli. Muito, muito cômodo. Ah, sim, e ele ainda pode na rodinha de amigos se vangloriar de ter comido a Cicarelli na praia. Porra, pensando bem não é que o miserável se deu bem? Pois é...
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08 janeiro 2007

Please allow me to introduce myself...

Se você espera ler aqui mais um post superficial volte outro dia. Hoje é um daqueles dias em que tenho surtos de "por favor, me compreenda" e explico como eu sou. É o jeito cretino e prático de dizer "ei, essas são as regras do jogo, se você quer se aproximar saiba o que esperar". Lógico que a visão que tenho de mim mesma é distorcida. Pra pior ou melhor não sei. Não cabe a mim fazer esse tipo de juízo de valor. Quem se esconde atrás desse "C." de vez em quando tem surtos verborrágicos. Talvez isso seja culpa da minha natureza "gregoriana", que faz com que não cheguem "a vir à boca os tiros dos combates que vão dentro do peito". Então eu tento com o meu amadorismo expor o que já foi dito com muito mais clareza por várias pessoas. Amadorismo é a palavra certa. Há em mim um amadorismo absurdo com relação às situações cotidianas. Faço outra confissão: não sei lidar com as pessoas. Digo mais, se eu for com a sua cara provavelmente vou meter os pés pelas mãos e ficar cheia de reservas por um tempo. Nada contra as pessoas em particular, longe disso. Mas sou uma pessoa defensiva. Não vou dizer aquele clichê de que se me conhecerem bem verão o quanto eu sou legal etc e tal. Já disse que não cabe a mim esse papel. Eu sou o que sou. A prática mais passional que conheço. Muitas vezes uma criaturinha arrogante. Musicalmente esnobe (pra alguns). Intolerante com quem pensa pequeno. Viu, é infinitamente mais fácil listar meus defeitos do que minhas parcas virtudes. But then again, assim o é com todos não é mesmo? Enfim, eu não levo muito jeito pra dizer que gosto de A, B ou C. E quando digo secretamente espero que uma gargalhada irrompa. Eu não percebo quando me dão mole (a menos que seja algo descarado). Eu falo as coisas mais inadequadas sem nem perceber (e me arrependo depois). Eu já tive pensamentos aleatórios enquanto beijava pessoas ("Hum, ainda bem que amanhã é sábado, to precisando dormir até tarde..."). Eu não sei dançar (e quando o faço, invariavelmente após estímulo alcoólico, acho que secretamente todos estão pensando coisas horríveis sobre a minha falta de jeito pra coisa). Por aí vai. Apesar disso tudo parecer muito negativo, eu levo uma vidinha surreal e bastante divertida. Minha vida parece uma sitcom na maior parte do tempo. Mas também, nem tinha como ser normal vindo da família que venho.

Enfim, eu tenho 25 anos e mais perguntas que respostas.

p.s: alguém aí conhece um programa pra salvar streaming audio? Porque tem coisas que só acho por streaming...
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04 janeiro 2007

Sabe aquelas coisas que você acha que só acontecem contigo? Pois é. Depois de ler um post em que ele fala que pegou táxi com um motorista emo, lembrei que eu já peguei táxi com um motorista que alegou já ter trabalhado com segurança pessoal e prestou serviços para o prédio onde morava a namorada do filho do Collor quando ele era presidente. Lembrei também que já peguei táxi com motorista surdo. Isso é difícil de superar.

A do motorista surdo foi um dia que saí tarde da faculdade. Como eu ia saber que o inocente ponto de táxi na porta da universidade tinha um motorista surdo e que justamente eu seria a passageira dele? Bem, eu devia ter desconfiado quando o cara bateu no ombro do motorista e falou alto o destino. Lógico que ele não era completamente surdo, ele devia ouvir alguma coisa. Eu acho. Só sei que ele andava com um bloquinho pro passageiro ir anotando possíveis indicações. Bem, existe mais de um caminho possível para a minha casa. Ele fez o caminho dele, um que eu nunca faço, mas deixa quieto né? E eu pensando “fodeu na hora que eu tiver que explicar o caminho por dentro das ruas vizinhas”. No fim eu cheguei em casa bem e é isso que importa. Eu lembro que era época eleitoral e o motorista surdo me entregou um santinho da mulher dele, que era surda também e candidata a deputada. Ou seria vereadora? Ah, sei lá, só lembro que a mulher era candidata. Aí na porta do meu prédio ele me entregou o santinho e apontou pra foto dela e pra ele e se esforçou pra dizer “minha mulher”, pedindo voto e tal. Achei fofo.

Ainda sobre táxis, teve o motorista com jeito de viado. Foi no aeroporto, na volta do show do U2. Uma chuva do caralho e eu me meti num daqueles táxis especiais. Aquele vermelhinho extorsivo. Pois bem. Eu tava super cansada porque tudo que podia dar errado com o meu vôo deu. Aí o cara começou a puxar papo e eu embarquei na conversa. Acabei contando todo o caos que foi o vôo de volta. Ele perguntou se eu morava com os meus pais e eu disse que sim. Aí ele com a voz mais viadesca que você puder imaginar fala “mas você ligou avisando né? Porque mãe sempre fica preocupada...”. E eu me controlando pra não gargalhar.

E teve também o taxista que me levou pro Tim Festival e falou que já tinha levado uma passageira que morava no meu prédio. Bem, acontece que a passageira em questão era a minha irmã e ele reproduziu uma conversa dela ao telefone com uma amiga falando mal de um cara do trabalho. Ele pareceu se divertir ouvindo a minha irmã dizer que o cara do trabalho devia ficar quieto ao invés de se meter a falar inglês com o vocabulário “the book is on the table” dele.

Também teve a vez do Kalesa (tradicional inferninho no centro que depois foi tomado pelo hype). Saio eu de casa com a minha carinha inocente e o cara pergunta o destino e eu falo a rua no centro da cidade. Quando a gente vai chegando mais perto eu aviso que é o Kalesa. Se eu ganhasse um real a cada cara de espanto que fazem pra mim... Aliás, no Kalesa uma menina tava falando no celular no banheiro e me perguntou se eu sabia o endereço. Respondi, ela agradeceu, saí do banheiro. Achei o rosto conhecido, fiquei cismada achando que ela era da faculdade (creiam-me, na época fazia sentido). Algum tempo mais tarde ela passa por mim de novo, me reconhece e cumprimenta. Eu sorrio de volta educadamente e de novo fico cismada que ela deve mesmo ser da faculdade. Pra resumir a história, ela não era da faculdade. Ela era uma atriz de malhação.

Enfim, com o tempo vou contando mais bizarrices. Acho que eu devia tentar ser menos desligada em 2007. E gastar menos com táxi também...
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03 janeiro 2007

Então a primeira semana do ano está quase no fim e eu ainda to numa preguiça miserável. Na geladeira 5 garrafas esperam ser esvaziadas. In vino veritas? Não sei, só sei que pode dar dor de cabeça.

E o Réveillon foi como eu imaginei que seria. Eu, minha família grande e barulhenta e trocentos comentários infames. E uma foto tosca minha com o patinete de uma das minhas priminhas. No espírito do Réveillon resolvi mudar minha imagem de exibição no MSN. Agora ostento lá minha foto de "sim, enchi a cara, dá pra perceber?". Ah, e um dos meus tios ainda me fez tocar a introdução de Head Over Feet da Alanis no baixo. Quer dizer, ele me ensinou ali na hora. E isso me lembra que eu preciso aprender a tocar meu violão decorativo. Eu digo que é decorativo porque não sei tocar mas nem chega a ser decorativo pq eu deixo ele dentro da capa num quarto de tralhas. Função decorativa zero.

Eu preciso escrever textos para duas pessoas mas não to nem um pouco inspirada pra encarar o discurso sem-vocês-meu-mundo-não-ficaria-completo. Então eu venho aqui e posto esse monte de idéias perdidas. Mas faz sentido né? Tá ali em cima na descrição do blog. E esse post nonsense é embalado por I Found Out do The Pigeon Detectives. Adoro a parte das palminhas. Acho que já ouvi essa música umas 6 vezes hoje. Ou mais. Mas isso tem a ver com o quê mesmo? Ah é...nada!

Então é isso. 2007 começou e eu estou com preguiça e sem saber o que falar. O que é irônico porque tem um monte de coisas por dizer mas eu não consigo concatenar as idéias num discurso minimamente lógico. A preguiça eu deixo pro trabalho. Ah, se não chover na sexta eu vou pro trabalho de tênis verde e amarelo. Casual friday é pra isso mesmo.

Ah, se alguém tiver um link pra baixar o álbum do The Pigeon Detectives eu agradeço. Aliás, to aceitando link pro Tah Dah do Scissor Sisters também.
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