30 novembro 2006

Fixação

Depois de ver trocentas vezes o filme do Kubrick e a versão feita pela ABC, to lendo O Iluminado. Texto original em inglês porque não suporto mais os erros de tradução das versões nacionais. Aí acontece que parece que tudo gira em torno do Iluminado. Tá rolando aquele vídeo transformando a versão do Kubrick em comédia romântica e achei genial. Mas você sabe que realmente tá ficando pirada quando o seguinte diálogo acontece:

- Comprei os ingressos, a nossa mesa é a 217.
- 217??? 217 é o quarto no Overlook onde o Danny não podia entrar!!!
(cara de "tadinha, é doidinha mas eu amo")
- Overlook Hotel...o hotel do Iluminado...
- Sei...
- Hum, só achei curioso...

E agora, o que eu faço com a vontade de ficar falando redrum no meio do espetáculo? A propósito, o vídeo é esse aqui:

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27 novembro 2006

Não, eu não saberia ficar parada. Você tem razão. E foi por isso que ontem mesmo dirimi as dúvidas que me atormentaram o fim de sábado e o domingo. Porque eu não tenho mais idade pra deixar as coisas no ar. Cheguei e anunciei que não mais organizaria um encontro de amigos. Disse que desistia.

- não desista, nós já marcamos um encontro com o pessoal e deu certo, se lembra?
- não, nós marcamos um encontro entre nós...
- entendo... então você não gostou do nosso encontro...
(...)
- enfim, admito que sou péssima pra organizar encontros e que tudo sai errado.
- nem tudo
- falando francamente, e não entenda mal, as coisas não sairam tão certo assim, levei uma bela dispensada...hehehehe
(ele sem jeito)
- que foi?
- acabei de levar um bolada no meio da testa. Mas já estou me recuperando, hehehehe

Pronto. Agora posso me concentrar em coisas mais produtivas.
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26 novembro 2006

Sábado, casa de amiga, conversa, eu falando as besteiras habituais, risadas e todo mundo me achando meio doidinha (isso porque eu sou normal). Aí resolvo contar o episódio da dispensada pq ela ainda não sabia. Conversa vai, conversa vem, 5 pessoas à mesa e relato somente as partes essenciais para que compreendam. De repente, um a um, todos resolvem ficar contra mim, e aí é o desfile de clichês. "mas se vc lembra a data é porque você tá a fim do cara", "você é racional demais", "você cortou o cara sem nem dar uma chance", "você é muito direta", "você devia ver no que dá" e etc. E eu me limito a falar a minha frase padrão: "eu não corro atrás de ninguém". Resultado: mais um sonho bizarro. Eu não vou entrar em detalhes mas no sonho rola um revival da parada.

Agora que estas criaturas do mal encheram a minha cabeça de caraminholas (essa palavra é tão coisa de avó), to eu aqui pensando. E eu sou uma pessoa Teoria do Caos. Pessoas Teoria do Caos ficam imaginando o que poderia ser diferente se determinado evento fosse alterado. E aí fico pensando em coisas que devia ter feito/dito.

Ai caralho, a vida seria tão mais fácil se eu fosse burra como uma porta...
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17 novembro 2006

O que dizer quando você se vê obrigado a contemplar a mortalidade? O que fazer com a sua covardia quando você tem medo de ir visitar alguém por causa de uma reação que você possa ter? Como disfarçar o choque de ver que não há mais qualquer traço de quem você conhecia naquela pessoa numa cadeira de rodas, recém amputada?

O que fazer quando tudo que você pensa é que o que aconteceu é fruto de negligência? Descaso consigo próprio. Quando você se revolta com quem carrega o mesmo sangue que você nas veias?

Mortalidade. Ela vem e me obriga a aceitar que ela existe, que é real. Pior, me mostra o quanto ela está próxima. Egoísticamente só consigo pensar: será que eu to preparada pra encarar isso?

Definitivamente pior que a morte é a agonia...
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11 novembro 2006

Resolveram fazer dieta aqui em casa. Foram num médico fodão desse de globais e chegaram em casa com um plano. Resolvo embarcar. Uma coisa eu garanto, dieta (e é a primeira vez que me disponho a fazer isso na vida) dá um mal humor do caralho. Principalmente quando você se obriga a embarcar numa dieta rigorosa e nem tem tantos quilos a emagrecer. E isso tudo começou por causa de algo que vai acontecer daqui a 2 meses.

Tudo bem, segunda-feira, o dia em que tudo começa. Chego no trabalho. Em frente ao prédio tem uma banquinha de doces. O cara da banquinha vive rindo pra mim, dando boa tarde, essas merdas. Um dia desci pra comprar chocolate, tava de crachá e etc. Até hoje eu não sei se ele tava olhando pro meu peito ou tentando ler meu nome no crachá. Agora eu evito até contato visual.

Em uma semana emagreci pouco mais de um quilo e aprendi a ficar mal humorada. Aí uma amiga me chama pra um rodízio de pizza. Tá de sacanagem né? Mas tudo bem. Outra coisa que eu descobri é que eu ando tão pirada que tenho até sonhos bizarros. O dessa noite então, até Monica Belucci teve. Aliás não só ela como Interpol (a banda) e referências à Fantástica Fábrica de Chocolate (mais ou menos).

Pra poder contar as coisas direito, tinha uma figura conhecida que eu vou chamar de X. Pois bem. Pra começar, o sonho tinha várias pessoas desconhecidas e todas elas estavam na minha casa. Um grupo vendo um filme tosco na TV, eu assisto um pouco. No meio do grupo de desconhecidos, X. Aí eu levanto e coloco o Turn on The Bright Lights do Interpol pra tocar. Eu escolhi primeiro Antics mas mudei de idéia. Animados pelo Interpol converso um pouco com o grupo todo. De repente um cachorro (sei lá de quem) fica preso num tubo transparente de cerveja (Augustus Gloop no tubo de chocolate perde). Corro pra pegar alguma coisa pra quebrar o tubo, com direito a pular obstáculos no caminho e tudo. Pego um martelo mas quando chego o bicho já tá fora do tubo. Ok. Passa um tempo e misteriosamente to fora de casa e no que parece ser uma reencenação do tal filme tosco. Tem uma espécie de guerra com bolas de tinta, tudo muito bizarro, eu saio ilesa. De repente eu to num bar com X e a Monica Belucci. Aí no bar converso com X e a Monica Belucci, tudo muito normal. X e Monica Belucci se beijam e eu finjo que não vi. Nisso chega a minha irmã e depois de alguns minutos resolve perguntar se elas (X e Monica Belucci) são gays. Elas ficam suuuuuuuper ofendidas, principalmente a Monica Belucci. Eu fico morta de vergonha. Minha irmã vai embora e eu peço desculpas umas mil vezes, digo que estou super envergonhada por ela, etc. E aí o sonho acaba.

Enfim, eu to perdendo o pouco de sanidade que me resta.
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09 novembro 2006

Outra listinha.

1) Primeiro filme que você viu no cinema?
Que eu me lembre, História Sem Fim.
2) Primeiro ingresso que você comprou para um filme com censura 18 anos?
Nunca reparei em censura então não faço idéia.
3) Lanche de cinema preferido?
MilkShake de ovomaltine do Bob's.
4) Melhor sessão de cinema?
Tarzan. Aquele da Disney. Paguei pra sacanear o filme. Ri horrores.
5) Melhor coisa que te aconteceu numa sessão de cinema?
Cinema, o típico encontro adolescente.
6) Pior sessão de cinema?
A Bruxa de Blair. O filme foi uma merda e meu encontro idem.
7) Coisa mais idiota que você já fez depois de ter visto em um filme?
Ficar olhando pro nada pensando "será que minha vida vale a pena?" depois de ver Beleza Americana.
8) Primeiro filme que te provocou DESEJOS CARNAIS pelo sexo oposto?
Não lembro. Mas lembro de ter pensamentos lascivos no cinema vendo A Múmia por causa do Oded Fehr.
9) Já pagou para ver um filme e entrou escondido em outro?
Não. Já comprei meia-entrada com carteirinha de estudante vencida, serve?
10) Já transou dentro de um cinema?
Não.
12) John Wayne preferido?
Nenhum.
13) Clint Eastwood preferido?
Dirty Harry. Come on, punk, make my day.
14) Tarantino preferido?
Pulp Fiction.
15) Hitchcock preferido?
Festim Diabólico.
16) Spielberg preferido?
O Resgate do Soldado Ryan.
17) Filme preferido de Zumbi?
Extermínio.
17) Ator morto favorito?
James Stewart.
18) Ator vivo favorito?
Johnny Depp (menção honrosa pro John Cusack).
19) "Character Actor" preferido de todos os tempos?
Sei lá.
20) Atriz morta favorita?
Rita Hayworth (só por causa de Gilda).
21) Atriz viva favorita?
Nicole Kidman (menção honrosa pra Rachel Weisz).
22) "Character Actress" preferida de todos os tempos?
Sei lá.
23) Personagem cinematográfico animado favorito?
Hum. Woody (Toy Story).
24) Trilha sonora favorita?
Magnólia. Só por causa da Aimee Mann.
25) Tema musical preferido de uma trilha sonora?
Tema musical, hum, gosto da música-tema dos Intocáveis.
26) Canção favorita?
De filme? Hum...Misirlou.
27) Filme de Natal favorito?
O Elfo (só porque eu rio horrores com o Will Ferrel).
28) Gênero cinematográfico favorito?
Suspense.
29) Filme da Disney favorito?
Candleshoe (Jodie Foster criança, clááááássico da Sessão da Tarde).
30) Faroeste favorito?
Maverick.
31) Musical favorito?
Chicago.
32) Filme de horror favorito?
O Iluminado.
33) Comédia Favorita?
Curtindo a Vida Adoidado.
34) Ficção-científica favorita?
Gattaca (e Laranja Mecânica).
35) Suspense Favorito?
Louca Obsessão.
36) Romance favorito?
Antes do Amanhecer / Antes do pôr do sol.
37) Épico favorito?
O Senhor dos Anéis.
38) A pior coisa de se ver um filme no cinema?
Adolescentes irritantes.
39) A melhor coisa de se ver um filme no cinema?
Ninguém interrompe.
40) Se você pudesse ser qualquer personagem do cinema, quem seria?
Ferris Bueller. O cara arma e se dá bem.
41) Se você pudesse transar com qualquer personagem, com qual seria?
Larry (Closer).
42) Se você pudesse viver "feliz para sempre" com um personagem, com quem seria?
Jesse (Antes do Amanhecer/ Antes do Pôr do sol).
43) Se você pudesse ser um monstro, qual seria?
Natre. Serve?
44) Crítico de cinema preferido?
Jaime Biaggio. Só porque o cara é um sacana.
45) Roteirista favorito?
Charlie Kaufman.
46) Diretor Favorito?
Tim Burton (mas nem tenho um favorito de verdade).
47) Chaplin ou Keaton?
Nenhum dos 2.
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08 novembro 2006

1984 - Orwell e Steve Jobs

Pois bem, ela falou em 1984, George Orwell e etc e tudo que eu conseguia pensar (depois do filme 1984, é claro) era no comercial da Apple que passou no intervalo do SuperBowl de 1984. Comercial este inspirado na obra do Orwell, claro. Eu adoro. Fico uma chata e falo horrores sobre ele, acho genial. Aí não me aguentei e tive que vir aqui escrever sobre isso. Hoje em dia o intervalo comercial do SuperBowl é o espaço publicitário mais caro dos EUA. Nem sempre foi assim e foi a Apple quem tornou esse espaço tão valorizado. O post é longo, mas vale a pena.

Tudo começou em 1982, quando a Apple contratou a agência de publicidade Chiat/Day. A intenção era anunciar o computador Apple II no Wall Street Journal. A idéia do anúncio era simples, usar a visão totalitarista de futuro de George Orwell em seu livro 1984. Cerca de 6 meses antes do lançamento do Macintosh os publicitários tinham uma frase na cabeça, um slogan que dizia "Why 1984 won't be like 1984" (por quê 1984 não vai ser como 1984). Com isso eles queriam difundir a idéia de que a tecnologia devia ser acessível a todos, não só às grandes corporações e governos. Isso é importante porque o comercial é uma clara referência à IBM. A grande azul.

Vou ter que fazer um parênteses aqui pra uma breve linha do tempo. Em 1958 a IBM tem a chance de comprar uma tecnologia, mas acha desimportante, daí nasce a Xerox. No final dos anos 60 surgem os mini computadores. A IBM acha desimportante e que mini computadores não servem para tarefas importantes. A IBM se ferra de novo e corre atrás do prejuízo. Em 1977 a Apple inventa o Apple II com o conceito de computador pessoal. A IBM acha desimportante e mais uma vez se ferra e tem que correr atrás do prejuízo. É importante lembrar que a grande sacada da Apple foi usar uma interface gráfica, algo que eles pegaram da Xerox. Mas isso é outra história. Enfim, em 1983 a Apple é vista como a única empresa capaz de competir com a IBM, que como toda grande corporação, quer controlar o mercado. IBM -> Controle -> Big Brother.

Voltando ao comercial. O projeto ficou arquivado até que em 1983 Steven Hayden (redator) e Brent Thomas (diretor de arte), que procuravam algum slogan forte, uma frase de efeito para o lançamento do Macintosh, encontraram esse projeto inspirado no livro 1984. O comercial, dirigido por Ridley Scott, era assim: Uma mulher atlética entra correndo num enorme e escuro auditório com uma marreta. Esse auditório tem fileiras e mais fileiras de homens, uniformizados e de cabeça raspada, assistindo um discurso político num telão, era o Big Brother falando, a figura que a todos controla, que a todos vigia. Todo o ambiente é meio cinza, só a mulher tem cores vivas. Ela chega perto do telão e arremessa a marreta nele, causando uma explosão. Aí entra a voz solene do locutor dizendo "On January 24th, Apple Computer will introduce Macintosh. And you'll see why 1984 won't be like 1984".

Pra conseguir centenas de homens carecas foram contratados Skinheads e quem não era careca ganhava US$125 pra raspar a cabeça. Bom, depois disso tudo mostraram o comercial pronto para executivos da Apple, todos odiaram. Como já tinham comprado o espaço no SuperBowl e tava muito em cima da hora pra vender, resolveram colocar a propaganda no ar assim mesmo. A idéia era passar uma única vez e esquecer essa propaganda. Eles não esperavam a reação causada. Imediatamente após o término da propaganda telespectadores ligaram para a rede de TV que transmitia o SuperBowl (CBS) perguntando o que era aquilo. A propaganda começou a ser assunto de várias reportagens por todo o país nas 3 redes nacionais de TV, jornais, revistas e emissoras locais. É isso mesmo que você está pensando, publicidade gratuita. Estima-se que se eles tivessem pago por toda essa cobertura teriam gasto US$ 5 milhões. Esse anúncio foi considerado em 1995 a melhor propaganda dos últimos 50 anos.

No vídeo o Big Brother fala o seguinte: "My friends, each of you is a single cell in the great body of the State. And today, that great body has purged itself of parasites. We have triumphed over the unprincipled dissemination of facts. The thugs and wreckers have been cast out. And the poisonous weeds of disinformation have been consigned to the dustbin of history. Let each and every cell rejoice! For today we celebrate the first, glorious anniversary of the Information Purification Directive! We have created, for the first time in all history, a garden of pure ideology, where each worker may bloom secure from the pests of contradictory and confusing truths. Our Unification of Thought is a more powerful weapon than any fleet or army on Earth! We are one people. With one will. One resolve. One cause. Our enemies shall talk themselves to death. And we will bury them with their own confusion! We shall prevail!".



O comercial é esse. Eu juro que fico arrepiada toda vez que o vejo. Naquela época o Big Brother era a IBM, hoje é a Microsoft. Mas isso é outra história.
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07 novembro 2006

Ok, todo mundo já fez essa lista então vamos lá.

Não tenho mais idade para:

01 - ver todas as séries do primetime da Warner
02 - dormir só 3 horas por noite como se fosse a coisa mais normal do mundo
03 - misturar fermentados com destilados impunemente
04 - renomear arquivo mp3 longo demais
05 - ver o filme da sessão da tarde
06 - saídas com orçamento pré-definido
07 - dar consultoria jurídica até pra recepcionista de consultório médico
08 - aceitar gente que pensa pequeno
09 - esperar o telefone tocar
10 - ler Anaïs Nin escondido
11 - esconder que adoro os vampiros da Anne Rice
12 - criar caso por qualquer besteira
13 - aturar gente efusiva (aqueles que você acaba de conhecer e já vão te chamando pelo diminutivo e etc)
14 - conviver com gente superficial
15 - fingir que eu acredito que o Molko é bi
16 - achar que a nova bandinha da moda é a salvação do rock
17 - assistir MTV
18 - fingir que eu não sou autista o suficiente pra decorar involuntariamente diálogos de filme
19 - acreditar que as coisas vão milagrosamente se resolver sozinhas
20 - colocar quem quer que seja num pedestal
21 - falar "é Adult Swim! Animação para adultos!" toda vez que me pegam dormindo com a TV ligada no Cartoon Network
22 - esconder meus amigos gays
23 - ficar sempre na defensiva
24 - fingir que eu sou a mesma pessoa de 5 anos atrás
25 - repetir trocentas vezes que eu não sou indie

Hum, acho que é isso.
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05 novembro 2006

Atendendo a pedidos: O truque do desaparecimento - Tim Festival Style

Pois bem, como eu disse num post anterior tive que fazer o truque do desaparecimento no Tim Festival. Agora vou explicar essa história.

No final do show dos YYY um cara começa a querer conversar comigo. Como eu sou diplomática, converso. Monossilabicamente, mas converso. Ele me oferece cerveja, diz que a namorada foi mais pro meio pra tirar umas fotos e etc. Começa uma conversa esquisita que eu não vou reproduzir aqui mas penso "ai, caralho, era o que me faltava". A tal namorada aparece. Passa um tempo, o show acaba e o cara me chama pra beber. Eu entro no modo fuga. Mas eu sou blasé então fico pensando em ganhar tempo. Papo estranhíssimo (mas nem entrarei em detalhes). A namorada diz que vai no banheiro e eu digo que vou também (ganhando tempo) e aí vai todo mundo pro banheiro. No caminho, lá vou eu passar vergonha.

O doido passa o braço pelos meus ombros e vai falando pra trocarmos e-mail pra ele me mandar as fotos e etc (não, não dei meu e-mail). Nessa hora esbarro com uma menina que eu só conheço de vista. Páro, 2 beijinhos, oi, tchau, normal. Mas o doido acha que somos amicíssimas. Já se sentindo íntimo ele vai cumprimentá-la. Vergonha total, vontade de pedir desculpas, all that crap. Ela segue adiante. Eu sigo adiante. Ele já vinha me, hum, elogiando, resolve então elogiar a tal menina. Nessa hora a minha vontade é que o chão se abra e me engula. Ainda ganhando tempo, chegamos nos banheiros. Lógico que banheiros femininos sempre têm fila.

E é agora que o truque do desaparecimento propriamente dito acontece. Ele entra no banheiro masculino (nunca tem fila), a namorada se distrai com a câmera. A oportunidade se apresenta e eu aproveito. Um passo para trás. Outro passo. Ninguém nota. Viro e saio normalmente. Saio da tenda. Aliás, começo a sair da Marina da Glória. Depois do YYY decretei o fim da minha noite. Joelhos destruídos e etc. Me enfiei num taxi e voltei pra casa. No dia seguinte pedi desculpas pra menina.

E isso é pra eu aprender a não ser sociável. Ou então a doutrinar musicalmente alguns amigos pra começarem a ir nesse tipo de show comigo. Hum, acho que vou parar de ser sociável...hehehe.
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