30 dezembro 2006

Todo mundo tá fazendo post de fim de ano. Bem, everybody else is doing it so why can't I (adoooro referências)? Eu até pensei em fazer um videozinho retrospectiva. Muitas fotos e ao fundo Wolf Like Me do TV on The Radio. Porque essa foi uma das músicas do ano e TVOTR é genial. Mas deu preguiça.

Todo mundo pensa o que vai levar do ano que passou. 2006 foi o ano onde comecei a tocar o foda-se por aí. Vou sozinha pra SP pra ver o U2, foda-se! Vou sair do trabalho 3 da tarde pra comprar ingresso pro show do Franz e chegar no dia seguinte do show morta e dolorida no trabalho, foda-se! Afinal, you only live once. Thanks, Mr. Casablancas. Foi o ano em que eu conheci essa figurinha pessoalmente. O ano em que eu resolvi ir num aniversário num inferninho, foda-se! Foi o ano da crise dos 25 anos. O ano em que eu definitivamente virei adulta. Um dia a gente acorda e pensa, fudeu, virei adulto. Pois é. 2006 foi um ano bastante divertido. Bastante cansativo. Valeu a pena.

Nada de resoluções de ano novo. Esse negócio de ficar contando o que pretende fazer só serve pra no final você perceber que não fez a maioria das coisas a que se propôs. Minhas resoluções de ano novo estão bem definidas na minha cabeça. No fundo o que eu planejo pra 2007 é deixar um pouquinho de ser a tímida idiota que eu sou pessoalmente.

Mas nada disso fez sentido não é? Isso que dá escrever a esmo. A verdade é que 2007 é mais um página em branco e eu quero pintar coisas novas. No fim é isso que importa.

Um 2007 bem foda pra todo mundo, com muitos shows, muita bebida, boas companhias, todas as putarias que alegrarem seus coraçõezinhos e muito róóóóóóque!!!
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27 dezembro 2006

Então eu fui no shopping comprar uma sandália que eu tinha visto antes e que combina com o vestido que eu vou usar numa certa ocasião. Chego na loja e o meu tamanho acabou. Acabou naquela loja e em mais duas. Tá certo né? Quem manda ter pé pequeno? Se fode aí, C.

Ando mais um pouco e de repente me vejo na Adidas. De novo. Dessa vez com a minha irmã. A criatura no caixa pagando pela roupa de ginástica e eu matando o tempo vendo as caixas dos tênis SL-72. Todos de tamanhos grandes e os tamanhos pequenos não eram verde e amarelo. Mas aí vi uma vendedora e resolvi perguntar. E ela viu uma caixa que eu não vi. De repente estava nas minhas mãos um par do SL-72 verde e amarelo tamanho 35! E depois do natal! Cheguei a imaginar um coro angelical e um feixe de luz vindo dos céus na minha direção. Uma coisa bem Simpsons. Experimentei. Tava pronta pra levar o tênis quando o seguinte diálogo fode a minha vida.

- E aí, o que você acha?
- Ridículo...
- Poxa...sério...? Mas você não gostou de que, da cor ou do modelo?
- De nenhum dos dois.
- Poxa...


E voltei eu pra casa sem o tênis e cheia de minhocas na cabeça e second thoughts sobre a compra. Ela diz que se eu resolver comprar e usar tudo bem, mas que acha ridículo. Hoje, no caminho pro trabalho, estou eu no metrô quando vejo um cara usando que tênis? Exatamente, o mesmo tênis que experimentei ontem. Imediatamente pensei "porra, só pode ser um sinal!". E aí cheguei no trabalho decidida a, na volta pra casa, voltar no shopping e levar o tênis se ele ainda estiver lá. Eu acho. Odeio ser indecisa. I need advice!!!

Enfim, parei pra pensar hoje que eu ando de saco cheio de assinar como "C.". Preciso arrumar um pseudônimo pra mim. O problema é que não consigo pensar em nada. Sugestões? Enfim, um dia acabo colocando meu primeiro nome aqui. Qualquer um que tenha no mínimo dois neurônios e leia os mesmos blogs que eu sabe meu nome mesmo.
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25 dezembro 2006

Então o natal acaba. Foi legal. Eu confesso, eu sou daquele tipinho babaca que adora essas reuniões familiares. E estávamos nós na casa que o meu avô construiu e lembrando dele. Devia ser uma figuraça meu avô, pena que não o conheci. Bem, certamente ele era infame (pelas histórias que ouvi) e a infâmia foi imortalizada. Minha mãe é infame e eu idem. Um dia meus filhos (se os tiver) serão infames também.

Sobre o Last.fm, emplaquei a semana sem ouvir nada. Resisti bravamente sem trapacear e desligar o plugin. Achei que ia aparecer um ranking zerado mas se limitam a manter o ranking da semana anterior. Humpf.

No espírito do natal resolvi arrumar a mesa aqui do computador. Isso aqui é a versão arrumada da mesa. Imagina a versão bagunçada. Ah, o leãozinho minha irmã trouxe de Londres pra mim então nem vale sacanear!

Sábado à noite teve Loud! e lá fui eu. Você se sente realmente nerd quando vê a numeração do seu ingresso: 037. Hoje tem Maldita de natal. Eu queria ir. Como eu trabalho amanhã me ferrei. 1 hora de Strokes e eu de fora. Mundo cruel...

Pra fechar, foto-conceito dos últimos dias. Festinha divertida, uma das melhores músicas do ano, os livros que pedi de presente e muitas mensagens SMS.
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21 dezembro 2006

Então é natal. E minha famílía é grande. Tipo, às vezes eu acho que levaram a sério demais aquela história de "crescei e multiplicai-vos". Enfim, era pro natal ser aqui em casa. Viriam todos. Minhas primas pequenas iam querer mexer em qualquer cosmético da casa, meu primo ia querer ver se tem algum jogo instalado no meu computador. A confusão habitual. As trocentas garrafas de vinho sendo secas no decorrer da noite.

Mas resolveram que esse ano o natal vai ser na casa de um tio meu. E ele mora na casa onde ele cresceu. Mas, sei lá, eu olho aquela casa e não é mais a casa da minha avó. Eu estranho. E eu sei que os meus avós estão ali, em casa pedaço daquela casa, mas mesmo assim perdeu a sensação de casa de avó. Mas tudo bem, a família falou, eu acato.

Ainda no clima natalino, continuo sem noção. Chego hoje no trabalho e entro no elevador. Estava com uma música de natal na cabeça e do nada comecei a cantarolar. Ainda bem que eu tava sozinha. Se a câmera do elevador capta som também o pessoal da segurança deve ter rido um bocado da minha cara. Afinal, quem diabos começa a cantar do nada "Santa Claus is coming to town? Ah, sim, eu...

Ah, uma coisa que acabei de lembrar, acho que essa semana não ouvi música nenhuma no computador. Agora to aqui me segurando pra só ouvir coisas no iPod pra zerar o ranking dessa semana do last.fm. Tem coisa mais nerd que querer subverter o last.fm? Qual será o próximo passo, me inscrever em concurso de air guitar? hehehehehe
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20 dezembro 2006

Da série: O subconsciente é uma coisa estranha

Segunda à noite tive uma prova até as 11 da noite. Cheguei em casa e terminei dois trabalhos que tinha começado antes. Dormi 3 horas naquela noite. Aí chega terça e descubro que uma das minhas provas foi antecipada. Encaro. Já são 2 provas e 2 trabalhos num intervalo curtíssimo de tempo e com poucas horas de sono. Chego em casa cansada e durmo relativamente cedo. E tenho um sonho bizarro.

No meu sonho, eu sou acusada de homicídio por ter matado alguém em um trote violento (logo eu que me relaciono bem com todas as pessoas em quem dei trote). Quem me acusa? Meu professor de Processo Civil. De repente to eu com uma acusação de homicídio nas costas sem saber nem o que aconteceu ou quem é a vítima (Kafka anyone?). Só lembro de ver um recorte informando que são 2 indiciados, eu e um cara. Óbvio que só conto isso pra família um tempo depois, quando a situação já tá insustentável. No meio do sonho converso pelo messenger com uma amiga da faculdade. Um tempo depois começo a pensar em advogados criminalistas e digo que se for condenada não vou sobreviver ao primeiro dia e decido que se a condenação vier eu me mato (drama queen). Agora, como eu construí essa maluquice na minha cabeça? Elementar, meu caro Watson...

O homicídio eu não sei de onde saiu, mas o trote eu sei. Tirei dela, que tá fazendo vestibular. Sobre o promotor a me acusar ser o professor de Processo Civil é simples, um dos trabalhos que eu fiz foi da matéria dele. A parte do Messenger também é fácil de explicar, a tal amiga foi mencionada em caixas de comentários. Por fim, a parte do suicídio frente ao mundo cão da cadeia. Isso vem de uma conversa acho que no semestre passado. Estávamos em sala de aula esperando um professor chegar pra dar prova e a conversa foi parar em cadeia nem sei como. Aí foi um desfile de atrocidades. O comentário mais leve da conversa foi meu, ao citar Um Sonho de Liberdade e a cena em que o personagem do Tim Robbins sofre ameaças de abuso sexual e diz que pode arrancar numa mordida o pau do cara. Isso foi o comentário mais leve. De resto teve um colega falando que logo na primeira semana o cara já ia contrair todas as DSTs possíveis (com riqueza de detalhes) e por aí vai.

E a construção de toda uma historinha com pequenos elementos me lembra Os Suspeitos, a cena da caneca de café caindo enquanto o policial se dá conta de que tudo que ouviu foi uma mentira elaborada com nomes e elementos presentes em sua própria sala.

Então minha cabeça funciona assim, com associações absurdas de pessoas que conheço, livros que li e filmes que vi. Tudo embalado pela insanidade advinda da total privação de sono. Normalidade é para os fracos...hehehehehe
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18 dezembro 2006


E o vício de ouvir Wonkavision pegou pesadíssimo semana passada. Quase que só deu Wonka no meu last.fm!

E pra continuar com a séries vícios, você já viu Heroes? É uma coisa meio X-Men. Pessoas normais que um dia descobrem ter habilidades especiais. Regeneração, dobrar tempo e espaço, o poder de emular habilidades alheias, clarividência, ler mentes, etc etc etc. A série trata isso como a evolução da espécie humana, como se genes anteriormente inativos estivessem agora se manifestando e então as pessoas desenvolvem essas habilidades especiais.

Isso me lembra um pouco Arquivo X e um menininho que podia ler mentes. Gibson era o nome dele. Numa cena dizem que ele é "more human than human", numa clara alusão ao mesmo tema, os poderes ocultos em genes inativos. O próximo passo da cadeia evolutiva. Também me lembra tema central de X-Men, que é adaptação. As mutações são uma alegoria das alterações naturais da puberdade. O conceito dos X-Men foi concebido também sob esse prisma, lidar com as mudanças que surgem na adolescência, tornar-se outra pessoa, crescer, etc etc etc.

E Heroes ainda tem uma coisa: Hiro Nakamura, o japa nerd mais fofo de todas as séries. Ele é quem consegue viajar no tempo, se teleportar dobrando espaço e tempo. Numa das cenas ele volta ao passado e liga pra um amigo, só que quem atende é o outro Hiro Nakamura. Ele desliga o telefone assustado e diz "great Scott!". Ah, fala sério, não tem como não gostar de uma referência dessa ao clááááááássico da sessão da tarde De Volta Para o Futuro. Era o Doutor Brown que vivia falando great Scott.

Enfim, a série parou depois do 11º episódio por causa do período de festas e etc. Volta dia 22 de janeiro e já tem no you tube preview do que podemos esperar de Godsend, o 12º episódio da temporada. Eu odeio esperar. Já baixei e vi os 11 primeiros episódios e odeio esperar. Mas depois eu falo de Heroes...
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13 dezembro 2006

Minha vida surreal
Episódio de hoje: Sua mãe vai te sacanear no telefone com estranhos


Pois bem, estava eu quietinha em casa quando toca o telefone e minha mãe atende. De repente ela me chama. É uma operadora de telemarketing da TV por assinatura querendo oferecer o serviço digital deles. Já tinham ocorrido contatos anteriores mas como as negociações não nos beneficiavam deixamos pra lá. Aí liga a mulher e oferece um pacote de canais parcial (atualmente temos o pacote total). Tem toda a família HBO menos os canais infantis. Minha mãe ta pronta pra fechar negócio, mas me chama pra falar com a mulher ("peraí, fala aqui com a minha filha"). Lá vou eu. Ela me explica que só não farão parte do pacote os canais infantis e eu enrolando a minha mãe dizendo que numa correspondência anterior, a separação de canais por pacote nos deixava sem alguns canais de séries que assistimos. Depois de um tempo fica claro que a única coisa que vamos perder são os canais infantis. Então eu digo que quero o pacote completo. Minha mãe pergunta se eu vejo esses canais e eu, perdendo a dignidade, respondo: Ah, de vez em quando eu vejo Cartoon (Adult Swim!)...

Minha mãe, que tinha pedido pra operadora de telemarketing esperar na linha, fala com uma voz irônica (e um sorrisinho sacana no rosto): “a criança aqui de casa vê Cartoon...”. Nessa hora as seguintes coisas aconteceram: Fiz uma cara de “eu não acredito que você falou isso!”, fiz um gesto qualquer de desamparo com os braços, coloquei a mão na testa enquanto balançava a cabeça negativamente e voltei pro meu quarto.

Pois é, a criança aqui de casa tem 25 anos e tinha acabado de conversar com a operadora de telemarketing e ela sabia que a criança aqui de casa nem era criança. Afinal, crianças não falam que taxas de instalação são irreais e proibitivas. Sem contar que a minha voz não é de criança. Eu acho. Agora imagino a mulher rindo com o comentário da minha mãe...

É, meus caros, com uma mãe infame dessa eu não podia ser normal. Runs in the family...hehehehehe
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12 dezembro 2006

Como acabar com a sua suposta seriedade corporativa em 10 passos (ou pequenas infâmias e bobeiras que alegram o dia):

1) Espere o chefe viajar e mostre pra todo mundo no You Tube o vídeo do Silvio Santos e o bambu;
2) Trabalhe com fones de ouvido e balançando a cabeça ouvindo Interpol (e assemelhados) enquanto masca chiclete (caretas interpretando as músicas podem ser usadas com moderação);
3) Quando seu chefe disser que precisam decorar o setor por causa do Natal e sugerirem comprar ávores, saia de trás do seu monitor e diga: As árveres somos nozes;
4) Depois que o seu orkut encher de gente do trabalho, coloque uma foto infame e estapafúrdia da sua infância;
5) Use no seu desktop wallpapers de bandas (o atual é do Franz Ferdinand);
6) Use como ringtone do seu celular a introdução de Juicebox dos Strokes (toque mp3 feito por mim mesma antes do CD ser lançado aqui. Nerd pride! Hehehe);
7) Espere ficar tarde e a maioria das pessoas ir embora, vá pra uma estação de trabalho afastada e ligue pro ramal de uma amiga medrosa fazendo aquele barulho do filme O Grito;
8) Quando te virem lendo O Apanhador no Campo de Centeio e perguntarem o que você está lendo responda: “o mesmo livro que o assassino do Lennon carregava no bolso”;
9) Conte aquela história da sua infância de quando você tentou transformar o lustre do seu quarto numa cesta de basquete;
10) Faça piadas de humor negro do tipo “eu não entendo restaurantes etíopes. Se eles passam fome como podem ter uma culinária típica?” ou na forma de paródia musical, como quando teve um princípio de incêndio no metrô no final da tarde e eu em meio a uma crise de riso cantei “o metrô anoiteceu pegando fogo...” (com direito a semi-dancinha Chandler. De novo o chefe não estava por perto hehehehehe).

Eu gosto de ser infame. Ah, pensei em um argumento pra provar que eu não sou indie. Minha carreira. Advogados não são indie, são sérios...hehehehehe
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11 dezembro 2006

Eu ADORO músicas com palminhas. Sério. Tem coisa mais legal que músicas com palminhas? Pensa bem, tem todo um clima alegrinho (mesmo que a letra não tenha nada de alegre). E eu tava aqui pensando em musiquinhas com palminhas e 2 duas me vieram à cabeça de cara: O Plano Mudou do Wonkavision e Forever Lost do Magic Numbers (pequeno adendo, numa primeira ouvida o CD novo do Magic Numbers deixou a desejar). E eu to ouvindo Wonkavision agora. E cantando junto. E aí que quando eu me empolgo e canto alto geralmente alguém reclama que eu to cantando muito alto. É duro viver com gente que escuta outros gêneros musicais.

Outra coisa que eu adoro em música (além das palminhas) são tchurus tchurus, nananas, la la las e derivados. Não me pergunte por que. Daí que agora voltei a ouvir Wonkavision direto. Mas no momento só consigo pensar que dia 23 tem Cabaret e Moptop.

Não, eu não sou indie. Vocês duas podem achar que eu sou mas não sou. Humpf. Veja bem, usar all star e escutar bandas desconhecidas não me torna indie. Nem o meu amor confesso pelo meu iPod me torna indie. E meus óculos, não é questão de moda, eu só gosto da minha armação. Se ela é retangular e fumê não é culpa minha.

Afinal, o que torna alguém indie? Seja o que for, não faz parte do que eu sou. Aliás, eu nem sei o que eu sou...hehehehehe
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09 dezembro 2006

Da série: Sim, eu cismo com as coisas

Pois bem. Algum tempo atrás eu tava quieta vendo TV quando começa um comercial da Tim. Aquele da promoção de ano novo, Feliz 07 centavos, uma coisa assim. Aí começa a tocar a música da propaganda e eu cismo que conheço de algum lugar. E então me dou conta que cismei que a Tim está usando a música Burning do The Whitest Boy Alive. Ou então alguma música muito parecida com Burning. Só pra contextualizar, The Whitest Boy Alive é um projeto paralelo do Erlend Øye do Kings of Convenience. Dá pra ouvir Burning no link aí em cima, mas não achei o comercial da Tim em lugar nenhum. Uma pena.

Já a segunda cisma tem gente que conhece e já me sacaneou por isso. Tudo porque um dia eu falei que achava que a base de Steady as She Goes do Raconteurs me lembrava Have Love Will Travel do Sonics (que é uma música de 1965 se não me engano).

Um dia eu ainda descubro porque eu me comporto como uma autista quando o assunto é música.
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05 dezembro 2006

Lil' Bush - Resident of the United States



In Comedy Central we trust.
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04 dezembro 2006

Meu último medo: virar indie. To eu conversando com um amigo e ele me chama de indie. Como assim? ELE é indie. Ele que é o viciado em Modest Mouse e coloca Rilo Kiley num pedestal. Ele que produziu clipe de bandinha indie, ele que vai pra balada indie. Mas ele diz que ele tá no quarto escalão indie e eu no terceiro. Humpf, sei...

Então as coisas começam assim. Começo a gostar de bandas desconhecidas. Minha irmã anda numa fase british e quando me vê falar das minhas bandinhas fala "you're so posh. Porque posh é um nível abaixo de snobbish e snobbish é forte demais". Sério, ela chega a revirar os olhos quando eu falo que não sabia que Lily Allen tava tocando no rádio porque a única rádio que eu escuto é uma radio online de indie rock de Cincinnati. Veja bem, eu gosto de indie rock mas isso não me torna indie. Aí fui eu nesse site e coloquei outras músicas da Lily Allen pra tocar. Pra mostrar que ela era mais que Smile. Depois coloquei Better da Regina Spektor, New Slang do Shins e fechei com I'll Follow You Into The Dark do Death Cab For Cutie. Isso foi ontem de manhã. Ela dormiu. Frustração total.

Medo de mim. Outro dia, na volta do trabalho, me peguei dentro de uma loja da Adidas. Não, eu não queria o Adidas Star, eu queria o SL-72 verde e amarelo, mas só tinha um número acima do meu. No meu número só tinha o azul (cá entre nós ainda essa semana devo voltar lá e comprar o azul). E as coisas começam assim, você escuta bandas desconhecidas, começa a consumir produtos Adidas e viaja atrás de bandas. Até com os meus óculos implicam, só porque a armação é escura e retangular. Querem que eu use lente, mas eu adoro meus óculos (vi ontem uma armação fumê grossinha da Dolce e Gabbana que falou rapidamente ao meu lado consumista).

E aí que fudeu pro meu lado né? Já to vendo o dia que vou ter que passar num concurso público pra sustentar meu vício. Imagina o desgosto da minha mãe ao me encontrar agarrada em uns agasalhos Adidas repetindo num transe "é pra consumo próprio!!!". E você, srta., nada de me sacanear que tua biografia te condena também! hehehehe

Enfim, mes amis, esse é o "drama" de alguém que será arrastada pro underground de SP pelo amigo e com a simples menção à Funhouse foi chamada de arroz de festa. Logo eu. Humpf. Mas o maior medo de virar indie é o velho lema que indie não pega ninguém. Aí é crueldade demais...hehehehe

Ah, ganhei videozinho dela. Adorei! Tem até imagem da Kathy Bates em Misery!!! Mas o mais surpreendente de tudo foi ver que ela achou legal que eu tenha ganhado. Até porque eu sempre achei que ela não ia muito com a minha cara. Sabe como é, essas coisas de me chamar de reacionária, extrema direita, etc hehehehehe. Enfim, grata surpresa.

p.s: Sobre aquilo da mesa 217, quando nos sentamos à mesa eu fiz aquela voz rouca do Danny do Iluminado do Kubrick e fiquei falando "redrum, redrum!!!". E ri. Óbvio que minha irmã me chamou de retardada...hehehehehehe. Ah, gente, não resisti. E nem falei alto...
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