30 julho 2007

48 horas e 20 minutos

Então é isso. Agora tudo se resume nessa contagem regressiva de 48 horas e 20 minutos. Eu tenho 48 horas pra me acalmar, organizar meus pensamentos e 20 minutos pra provar que eu valho alguma coisa. 20 minutos pra manter a fraude. 20 minutos pra manter a ilusão alheia. Are you hoping for a miracle? It's not enough.

E ontem me surpreendi ouvindo uma música que eu não ouvia há mais de um ano. Por que? Porque não me faz bem. Me faz pensar demais. Pensar demais não é bom pra gente como eu. E no CD onde essa música está gravada há um nome escrito. Um nome que eu não ouso dizer há muito, muito tempo.

A verdade sobre isso tudo aqui? Eu to apavorada. De um jeito que raras vezes me senti na vida. Me sinto petrificada por causa de 20 minutos daqui a 48 horas. Provavelmente vou dormir mal essas 48 horas. Meu estômago protestará. Minhas mãos ficarão trêmulas e geladas. E eu vou mascarar isso tudo com a pose mais arrogante que eu conseguir inventar. É sempre assim.

Nunca tive tanto medo de 20 minutos na minha vida.
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23 julho 2007

100m rasos

É essa a sensação que eu tenho, de que a minha vida virou uma corrida de 100m rasos. Tudo acaba em menos de 10 segundos. E depois dessa fração de tempo o que resta? A gente sempre se prepara pra uma série de coisas, mas quando elas se aproximam são invariavelmente diferentes da previsão. E isso tudo soa críptico de alguma forma, eu sei. No fundo a intenção também era essa.

Tanta coisa acontecendo por aí. O avião da TAM, o Pan. Tanta coisa acontecendo na minha vida e eu confesso que não ando com muito saco de escrever. Tenho pensado mais do que verbalizado. Externar nunca foi lá o meu forte. Ando contemplativa (gosto dessa palavra. Contemplativa. Gosto da sonoridade dela). Contemplativa e impaciente. Repito mentalmente que é o stress, que vai passar. Depois de uns 5 minutos é como se a irritação não existisse. Enfim, quase bipolar. Vai passar.

Ultimamente me especializei em contagens regressivas...
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18 julho 2007

Pessoas sem noção e o Google

Porque as pessoas não param de me surpreender com as buscas estapafúrdias que as trazem até aqui.

Grupo I - As questões filosóficas:

1) eu não sou uma menina e muito menos uma mulher, eu não sou bonita como, eu fiz coisas feias e cometi erros

Então tá né. Você cometeu erros, fez coisas feias e não é bonita. E ainda vem com essa história de que não é menina mas não é mulher. Britney-Sandy wannabe. Era só o que faltava. Qualquer dia chegam aqui buscando o que é imortal não morre no final. E eu vou morrer de desgosto.

2) coisas ta bem claro

Hum...ok. Se você diz...

3) e a vida segue

De fato. Pra onde vamos?!?


Grupo II -Os carentes

1) voce não ta me dando atenção

Hum...ok.

2) ele não me dar atenção

Talvez se você parasse de falarrr como o Rrrabino Henry Sobel ele te desse um pouquinho de atenção...(ok, isso teria mais graça em áudio. Nem vem Lala que eu não vou imitar o Henry Sobel pra você. Humpf.)


Grupo III - Bizarrices aleatórias

1) livro que fala sobre porcos na sala

Porcos na sala. Nope, no idea. Serve pessoas na sala de jantar ocupadas em nascer e morrer?

2) fotos de silencio gente feia

Gente feia em silêncio. Foto-conceito? Tudo tão artístico...

3) "Balé Da Bola" gil

Eu não sei quem é você, mas sei que você devia se envergonhar de fazer uma busca dessas. A música de copa do mundo mais ridícula e agourenta de todos os tempos. E tenho dito.

4) monografia do termo moleque

Eu sou do tempo da monografia moleque, da monografia arte, da monografia de várzea...

4) eu digo ei digo ei se parece que nao sei

Tá de sacanagem com a minha cara né?

5) Charlotte Church bebada

Charlotte Church bêbada é coisa linda de Deus. Tipo o sapo boi azul. Essa menina era um saco quando era pequena, mas como adulta sem noção ela conseguu se tornar uma pessoa melhor. Mais interessante pelo menos.


Grupo IV - Aberrações sexuais

1) vick nos olhos

Começando devagar com a aberração.

2) vick no rabo

Eu não entendo essa gente que acha que Vick é KY.

3) vassoura no rabo

Porque se o negócio é falar em rabo cedo ou tarde começam as referências a coisas passíveis de inserção. Ui.

Eu acho que a Procter & Gamble devia me pagar por essa publicidade toda em cima do Vick. Vira e mexe alguém aparece aqui em buscas bizarras envolvendo Vick (e na maior parte das vezes com inclinações sexuais, vá entender). E agora você me pergunta: mas você escreveu sobre Vick Vaporub no rabo e cabo de vassoura no rabo? E eu respondo: sim, escrevi. Tudo isso foi escrito quando eu contei "O Incidente do Vick Vaporub".

E pra você que vira e mexe entra aqui procurando "roupas dos anos 80", eu tenho medo de você. Sério.
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07 julho 2007

Nerd Pride




Se você passou as últimas décadas enclausurado e sem contato com o mundo exterior não vai entender nada. Para os fãs de Star Wars, may the force be with you =P

Destaque para o final do vídeo, uma piada com um dos maiores fiascos cinematográficos. Certamente o maior fracasso da carreira do George Lucas.
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03 julho 2007

A patrulha do politicamente correto

Eu odeio esse tipo de patrulha (e qualquer outro, a bem da verdade). Poucas coisas me irritam tanto quanto a necessidade de posar de bonzinho, consciente, preocupado com todas as mazelas do mundo. E desde quando você é insensível e um parasita que não se preocupa com o mundo só porque se recusa a levar a vida a sério 24/7?

Uma vez eu cometi o erro de contar uma história de porre pra uma menina que estudou comigo no ginásio numa dessas reuniões de turma. Eu contava rindo e ela com olhar desaprovador, dizendo que eu ia destruir meu fígado e quase me recomendando uma visita ao AA. O que era um claro exagero porque a história nem era pavorosa assim. Resposta espírito de porco dada por mim: "Fígado regenera, Prometeu que o diga. A natureza é sábia". Eu não entendo essa gente metida a geração saúde. Ah, não ferra! Finish your beer, there are sober kids in Africa! E tem mais, na fase adulta da minha vida (argh!) não fiz amigos bebendo leite.

Depois vem a necessidade de ser politicamente correta com portadores de deficiência. Eu não sacaneio portadores de deficiência, que fique bem claro. Mas porra, é tão ofensivo assim dizer que alguém é cego, surdo ou mudo ao invés de dizer que fulano é portador de necessidades especiais? Então não existem mais negros, só afro-descendentes? Eu odeio a obrigatoriedade de usar essas expressões politicamente corretas num contexto absolutamente informal. Entendo a utilização deles em textos e etc, mas no meio de uma conversa? Give me a break.

Mas depois de reclamar disso tudo, eu vou fechar com uma das críticas mais geniais que eu já vi à ditadura do politicamente correto. Porque eu gosto de ironia e o Seinfeld é genial.

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