22 janeiro 2007

Eu ando ranzinza ou tenho amigas joselitas?

A história começa nos primeiros dias desse ano. Aniversário, saímos e rola uma emboscada. Armadilha mesmo. Pessoas presentes em número par e todos acompanhados, exceto eu e a outra vítima do golpe. Pra encurtar a história eu peguei o cara. Ou ele me pegou, não importa a ordem. Nós sabíamos que isso ia acontecer cedo ou tarde. No dia seguinte tenho uma ressaca moral e resolvo esquecer o assunto (mas como pode ser visto em post anterior, durou a semana inteira a ressaca).

Na verdade o primeiro parágrafo é uma nota introdutória. Acontece que esse fim de semana uma das minhas amigas confessou que tudo foi armado (como se eu precisasse da confirmação dela). Ela é casada e outra amiga minha é noiva. E elas estão descontroladas. Só sabem falar de casamento e etc e eu aqui querendo fugir desse tipo de coisa. Na boa, apresentar amigo do tipo “pra casar” é tãããããão next to last century...

E a outra embarcando na maluquice. Aos olhos delas eu devo ser uma encalhada. Na boa, eu já peguei o amiguinho, agora me deixem em paz. O pior é que ficam tentando identificar amigos que potencialmente me agradem. Resultado: não quero mais sair com elas. Não mesmo. Tá virando uma coisa muito desagradável e prefiro me afastar a falar na cara das duas “porra, dá pra parar de escrotice? EU escolho quem eu pego, caralho!”. No fundo você tem razão, pessoas casadas tendem a querer sair com pessoas igualmente casadas. Só tem uma coisa. Eu não planejo casar pelos próximos anos. Aliás, eu não planejo nada. Só sei que foi deprimente. Beber com gente da minha idade mas que parece ter 50 anos. Idéias do tempo da minha avó.

Eu to vendo a hora que eu vou ter que falar que a adolescente que elas conheceram morreu. Na boa, é tão difícil entender que eu não sou como elas? Que eu não preciso me relacionar com o primeiro que aparece pra suprir carências? Que eu não pretendo me casar tão cedo? Nessas horas eu lembro porque não conto nada pra elas sobre a minha vida afetiva. Se eu contar que saí com um as duas vão começar a imaginar que eu vou noivar (e alguém ainda faz isso?!?) e casar. Eu tenho o sacrossanto direito de pegar alguém uma noite e fingir que nada aconteceu depois. O primeiro encontro pode ser o último. Não existe isso de “sai com ele mais uma vez pra ver no que dá...”. Já deu errado, honey, abstrai. E tem mais, se eu sinto que não rolou, hum, empatia, nem troco telefone.

Tá, eu ando irritada...mas elas também não ajudam.

p.s: meu timing é uma merda. Mas eu não vou falar nada daquilo que você sugeriu. Daquele binômio que você falou acabamos ficando com a música (não se identifique que eu vou morrer de vergonha). Convenhamos, aquele projeto de DR é coisa de gente picareta. Somos dois picaretas. =)
|