27 junho 2009

RIP MJ

Eu vou me abster de fazer as mil piadinhas de humor negro sobre o incidente porque já as fiz no twitter e não pretendo ser repetitiva. Eu tava aqui pensando no assunto, acho que no fim das contas a morte vai ser benéfica ao MJ. Com o tempo as pessoas vão se fixar mais no lado musical do que na persona Wacko Jacko.

Desde que ele entrou na espiral da loucura, sempre senti um pouco de pena do cara. Que ele foi um gênio da música isso é inegável. Que ele foi um artista completo e alguém realmente criativo e inventivo é fato. É realmente triste ver tanto talento e potencial serem jogados no lixo em meio a discussões sobre plásticas mal feitas e crianças penduradas em sacadas.

Fiquei aqui pensando no acidente de avião que matou o Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper. Esse dia acabou marcado como the day that music died. E a morte do Michael Jackson me trouxe um pouco essa sensação de que a música morreu também um pouquinho com ele.

Beat it é uma música tão foda, mas tão foda, que foi regravada trocentas vezes, desde por Belle & Sebastian até pela Amy Winehouse e sempre soou bem. Thriller é irrepreensível e até hoje é um clássico dos clipes.

Aliás, os vídeos são um capítulo à parte. O cara já tinha mega produções quando ninguém ligava muito pra essa mídia. Os vídeos dele são ícones da videografia mundial. Quem não lembra de Thriller? E Bad? Aliás, nos últimos tempos a carreira dele tinha caído mas lembro do vídeo de Stranger in Moscow. A fotografia é muito bonita e o vídeo inteiro é em slow motion. Ficou bem bonito. E a música é legal.

Confesso que hoje passei o dia ouvindo MJ. Eu e uns amigos no trabalho ficamos conversando por e-mail, passando links de vídeos do You Tube. Todos de uma maneira ou de outra lamentaram a morte do cara.

Em uma nota pessoal, posso dizer que sempre gostei bastante de The way you make me feel e Human Nature. Do Jackson Five tem o classicão Ben, que sempre preferi à ABC, e tem também Who's loving you. Uma musiquinha romântica com um enfoque adulto cantada por um menino que nem tinha chegado na puberdade com uma honestidade e talento absurdos.

Enfim, lamento a morte do MJ por tudo que ele representou e sempre vai representar para a música. Por outro lado, penso que agora ele vai finalmente descansar.
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20 junho 2009

Das bandas que me destroem

Smashing Pumpkins nunca foi banda favorita, mas sempre gostei bastante. Acontece que o Billy Corgan tem o dom de me arrasar. Eu não consigo ficar impassível diante de músicas como 1979, Ava Adore, Today, Thirty-Three, etc.

Eu ando babaca e sentimentalóide ultimamente. Tentando com afinco acordar de manhã todos os dias com pelo menos 13 anos. Ok, essa foi uma piadinha interna demais, só uma pessoa entenderia. Enfim. To tentando ser uma versão melhor de mim. Tenho andado tão à flor da pele que amoleço até vendo a propaganda da Visa. Só porque toca Today.

O Billy Corgan faz parte do grupo de letristas que conseguem dizer as coisas de um jeito que eu consigo, sei lá, relate, na falta de expressão melhor.

Não tem como ser blasé com 1979: we don't even care as restless as we are. We feel the pull In the land of a thousand guilts and poured cement. Lamented and assured to the lights and towns below. Faster than the speed of sound. Faster than we thought we'd go. Beneath the sound of hope.

Ava Adore destrói tudo com a afirmação In you I see dirty, in you I count stars. In you I feel so pretty, in you I taste God. In you I feel so hungry, in you I crash cars. We must never be apart. Esse we must never be apart é de foder a vida.

Praquelas horas em que bate aquela raiva repentina. Pra quando você se sente sacaneado no trabalho ou culpa o mundo moderno por grande parte das cagadas da sua vida, há Bullet With Butterfly Wings: Even though I know, I suppose I'll show all my cool and cold-like old job. Despite all my rage, I am still just a rat in a cage.

Quando você se dá conta do passar dos anos e de que está mudando, tem Tonight Tonight: Time is never time at all. You can never ever leave without leaving a piece of youth. And our lives are forever changed, we will never be the same. The more you change, the less you feel.

E quem disse que Smashing Pumpkins não é amor? Em Stand Inside Your Love tem a pérola you're everything that I want and asked for you're all that I dream.

Today é um clássico da ansiedade e ao mesmo tempo é uma música com uma melodia bonitinha. Today is the greatest Day I've ever known Can't wait for tomorrow I might not have that long I'll tear my heart out Before I get out.

Mas não dá pra fechar uma listinha de citações das letras do Smashing Pumpkins sem falar em Thirty Three. Que atire a primeira pedra quem nunca caiu nesse clichê: so I pull my collar up and face the cold on my own. The earth laughs beneath my heavy feet at the blasphemy in my old jangly walk, steeple guide me to my heart and home.

Enfim, Smashing Pumpkins é o tipo de banda que cobre todo o terreno das emoções humanas, mas nao é só isso. As letras são honestas. Talvez um pouco simbólicas em alguns momentos, mas definitivamente é algo com que você consegue se identificar.

O mais curioso é que, apesar de nunca ter sido banda favorita, há uns 3 anos eu escuto e gosto bastante de Silversun Pickups, uma banda que é freqüentemente comparada ao Smashing Pumpkins.

Post desconexo, eu sei.
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16 junho 2009

Férias, essa desconhecida

Então aos 28 anos eu tirei férias pela primeira vez na vida. Tá, são só 10 dias, mas cara, isso é bizarro. To no segundo dia e confesso que não desliguei por completo do trabalho. Já me segurei umas 3 vezes pra não mandar e-mail pra pessoas com que me relaciono apenas profissionalmente. A melhor parte das férias so far é não haver a menor obrigação de acordar cedo. Eu ODEIO acordar cedo. Pra mim acordar cedo é uma espécie de violência.

Outra coisa legal: pegar o carro e me enfiar num shopping. Ler os livros que não tinha conseguido ler até agora. Ver todos os filmes que eu adiava ver. E aí depois que os 10 dias passarem fodeu que vou ter que me readaptar ao fuso horário de trabalho, à correria habitual e já na volta vou ser submetida à maior violência ao meu relógio biológico: chegar no aeroporto às 5:30 da manhã.

A única coisa chata das férias na fase adulta é que nos tempos de colégio/faculdade todo mundo tirava férias ao mesmo tempo. Agora eu posso beber numa quarta-feira sem medo da ressaca de quinta, mas cadê todo mundo? Trabalhando.

Andei tendo uns sonhos bizarros com pessoas com quem eu nem me relaciono. Mas tudo bem. Acho que é reflexo de uma conversa ontem e de ter ido dormir pensando numas coisas.

Nota final: ovomaltine combina com amarula. Agora to aqui pensando se isso ficaria bom numa espécie de white russian from hell.

Agora chega que eu tenho uns filmes pra ver e nada sério a fazer. =P
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08 junho 2009

Nonsense

Se eu fosse escritora poderia ser dito que eu passo por uma fase writer's block, como não sou, me limito a dizer que não sei bem o que falar mesmo.

Tantas coisas andam acontecendo ao mesmo tempo que eu ainda tenho que me segurar de vez em quando e respirar fundo. E aí de repente todos os pensamentos somem da minha cabeça na mesma velocidade com que as palavras somem da minha boca.

No trabalho vamos entrar agora num período de grandes mudanças e eu torço para que me sejam benéficas. E continuo trabalhando como uma corna. As usual.

No lado pessoal eu ando babaca. E propensa a ver no que vai dar com um cara que é o mais errado ever, que diz as coisas mais impróprias, que me irrita. Mas que de vez em quando sabe ser fofo e isso acaba me desarmando. E meu esforço hercúleo pra não dar a mínima vai se mostrando ineficiente. Sem contar o lobby de um grupo enorme de amigos, todos sutis como paquidermes.

Ando preocupada. Eu sei que outro vôo da Air France não vai cair tão cedo, mas pensar que uma das pessoas mais importantes da minha vida vive voando Air France me deixa paranóica. E com saudade. E os 6 graus de separação com uma das vítimas também me tem sido bizarro.

Acho que depois de 28 anos finalmente aprendi algumas coisas realmente basilares. E tem sido bom.
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