24 janeiro 2007

Meu dia começou hoje com uma versão passável de Losing My Religion no ônibus. Não pode ter rádio em ônibus e quando tem o motorista é um pagodeiro safado (já peguei ônibus com um motorista que levava um cavaquinho e tocava em cada sinal fechado. Abu Ghraib perde.) que importuna a todos com músicas horríveis então ouvir REM é um indicativo de dia bom.

Chega a parte da tarde e eu to quietinha na minha rotina de trabalho quando descubro que levamos uma comida do Ministério Público Federal. Vou eu ligar pra eles pra engolir sapo. Sim, entendo. Nós recebemos cópia integral dos autos e vamos analisar para elaborar nova resposta. Somos chamados de desobedientes. Assim, na cara. Sim, este ofício será tratado com absoluta prioridade. Ok. Obrigada, boa tarde. A mulher me desanca no telefone e eu agradeço. É um exercício de humildade desenvolver sangue de barata pra essas ocasiões.

1 hora mais tarde recebo um e-mail falando que um escritório cuida de 7 processos nossos. Bem, até onde sei eram 2 processos com 3 recursos. Agora vamos brincar de "mas de onde saíram a porra dos 2 outros processos, caralho?!?". Calma. Respira.

Nesse exato momento estou cercada por 6 pilhas de papel. 2 delas de tamanho razoável. Mas tudo bem, no meu fone de ouvido toca Komeda. Uma voz feminina cantarola It’s Alright, Baby. Então tá, vamos lá. Ao trabalho. Back To the 101. Thanks, Mr. Albert Hammond Jr.

Enquanto isso, comentários infames de toda sorte. É, a gente se fode mas se diverte.
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