30 julho 2006

Alguém aí sabe por que o ranking ali do lado do meu Last FM não atualiza? Se atualizasse teríamos em primeiro lugar French Kicks, seguido de perto por Rogue Wave. E provavelmente a música mais ouvida seria Knee High seguida por Bird on a Wire. Enfim...alguém entende o Last.FM?

E da série pensamentos aleatórios:

Ever started to rant about something in another language so you could dissociate yourself from all the absurd thoughts that dwell in your mind? Pois é...
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27 julho 2006







Não preciso dizer mais nada.
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23 julho 2006

Bolão pé na cova

Primeiro foi o Raul Cortez. Agora quem empacotou foi o Gianfrancesco Guarniere. Sei não hein, se eu fosse o Fernando Torres tomava cuidado...
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20 julho 2006

Ok, então acordei com uma sensação estranha. O que se há de fazer? Na verdade, não é que eu tenha acordado estranha, longe disso. Estranho mesmo foi o sonho, ou mesmo sonhar. E lá estavamos nós. Eu mandava um e-mail seco, como me é peculiar. Queria te ver mas a decisão era sua, então banquei a blasé.

De repente nos vejo num café conversando. E você nem tinha chegado lá pelo meu e-mail. Tinha descoberto que eu tava por perto por contatos franco-lusitanos, por mais estapafúrdio que isso soe, e eu sei que é bem estranho (essa prova de francês deve estar me enlouquecendo). Conversamos um pouco mais e nos vejo numa garagem, entrando no carro. Vá entender, você dirige e eu fico no banco de trás. Depois passo para o banco da frente e ele tem umas barras, é uma estrutura que prende. E eu lá, com uma barra de ferro prendendo minhas pernas como naquele brinquedo de parque de diversões, o Barco Viking. Tem um segurança careca e mal encarado na garagem e um pastor alemão no portão. E o portão, é daqueles de depósito. Alguém tem que levantá-lo para abrir.

O problema disso tudo é que me força a pensar em coisas que eu não quero. O problema é lembrar do passado e não saber se eu sinto falta de você ou de mim mesma. E eu aqui ouvindo Smashing Pumpkins, 1979. Você sempre ouviu mais Smashing Pumpkins que eu. A ironia disso é que essa banda foi um dos fatores que nos aproximou quando nos conhecemos. Mas isso foi em um plano de existência anterior. Porque parece isso mesmo, que nos conhecemos em outra vida, outro tempo, não agora. Hoje somos completos estranhos.

Alguém aí entende alguma coisa de interpretação de sonhos?
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15 julho 2006

Isso aqui vai acabar virando um blog baseado no you tube, mas enfim. Já me rendi tem tempo a esse site.




Editors. A música com 2 trechos incríveis: There's nothing harder than keeping a promise e o refrão blood runs through your veins, that's where our similarity ends, blood runs through our
veins.
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13 julho 2006



Porque essa é uma das minhas músicas favoritas do Death Cab For Cutie e a letra é cinematográfica. Aliás, essa letra me diz muito, mas não convém expor os motivos. Não agora.

p.s:as expressões em francês são importantes (em caso de dúvida, ver comentários no you tube).

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12 julho 2006

São 9 da manhã. Você acorda às 8 completamente cansada (isso porque seu despertador tocou às 6) depois de escrever na noite passada sobre a admissibilidade ou não de litispendência internacional, a natureza universalista do direito brasileiro ao aplicar lei estrangeira e a validade de casamentos celebrados pelo corpo consular no exterior. E isso tudo cansa. Mas você acorda às 8 e às 9 tá vendo se seus downloads acabaram.

Nisso começa a tocar uma música na casa da vizinha. Não, não pode ser. Você não quer acreditar nisso. Não pode ser verdade. Mas é. Sua vizinha resolveu ouvir música evangélica às 9 da manhã. Tudo para honra e glória do Senhor Jesus, claro. Sempre o mesmo discursinho, o mesmo tecladinho infame, o mesmo jeitinho efusivo e/ou calminho. A esse ponto pergunto qual foi o pecado mortal que cometi na última vida pra merecer isso. Porque, convenhamos, eu ainda estou praticamente dormindo e não mereço tamanha tortura. Sim, eu admito que posso me levantar uma hora e só acordar de verdade uma hora ou duas depois. Até escrevi isso uma vez numa dissertação, olha que cara de pau: normalement je me lève à sept heures, mais je me réveille vraiment à huit heures. E eu imagino a professora lendo aquilo e pensando que eu sou doida.

Penso em retaliação. Acho que vou colocar um CD aqui pra tocar. Muse talvez. Acho que vou escolher as que tiverem o vocal mais agudo. Talvez eu saia de casa e deixe uns 3 CDs programados pra tocar. Já pensou? Infernizar até eu voltar pra casa à noite!

Infantilidade, eu sei...e nem vou fazer nada. Ou melhor, até vou. Enquanto estiver saindo vou sorrir e dar bom dia para os vizinhos que encontrar. Afinal, eu sou uma mocinha educadinha.
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08 julho 2006

Isso aqui anda desatualizado. Eu sei. Bem, eu estava sem tempo de escrever. É engraçado isso, porque o dia todo acontecem coisas ou eu penso coisas que dão aquele estalo "hum, isso daria um post", e aí eu chego em casa no fim do dia sem a menor vontade de postar. E então passa. E a minha cabeça é uma coisa meio estranha, porque eu vou encadeando pensamentos até não saber mais como tudo começou, aí faço o caminho de volta. Enfim, coisa de gente doida. Ou normal, vá saber...mas isso não tem nada a ver com o que eu quero dizer. É que eu sou bem pouco objetiva.

Eu li o seguinte:"Eu nasci em 1973. Fiquei 21 anos na fila pra ser campeã mundial. Todo mundo era tri do mundo. E o tetra era tipo um sonho que nunca se realizava. E Copa do Mundo era um campeonato muito, muito difícil. Daí do tetra pro penta, foi um minuto. E a Copa de 98 é considerada um incidente pelo povinho. Você sabe de quem eu estou falando. Do pessoalzinho nascido na década de 80. Argh. Mas que gentinha. Eu acho mesmo que eles precisam aprender a dar valor a esse título. Nada melhor do que a Itália tetra. E no nosso seu encalço. Acorda, molecada. 94 foi sorte. 2002 foi no Japão. Copa do Mundo não é rave não. É preciso resgatar de uma vez. O que significa a Itália numa copa e tal. Na boa. Os eighties nem sabem o que é peso de camisa. Só enxergam amarelo. Babacas".

Daí que eu fiquei indignada né. Como assim, gentinha? Babacas? Ah não, isso mexe com o meu orgulho, minha arrogância habitual. Porque eu sou filha da década perdida. No fundo acho engraçada essa visão. Pensar que quem nasceu nos anos 80 acha que a Copa do Mundo é sempre nossa e etc. Eu acho injusto isso. Eu esperei pra ver o Brasil campeão. Eu lembro que quando eu era pequena não tinha na cabeça essa imagem clara do que era o Brasil no cenário mundial de campeões. Tá, eu sabia que o Brasil era tri-campeão, mas na minha cabeça isso era acidente de percurso, eu achava que o Brasil era O saco de pancada mundial. Eu lembro nitidamente do gol do Caniggia e da minha decepção em 90. Lembro inclusive de pensar um "ah, sabia que isso ia acontecer, a gente nunca vence". Loser total. E eu conheço a tragédia do Sarriá. Então eu acho injusta essa história de gentinha que não dá valor ao título. Tá, 94 foi um título merda, mas era a primeira vez que eu via o Brasil vencer. Depois veio 2002, a copa começou e eu pensei que íamos nos foder de verde e amarelo, loser como sempre, mas ganhamos. E toda copa é assim, eu sempre acho que vamos levar um pau das outras seleções, mas mantenho alguma esperança do tipo quem sabe chegamos lá.

A questão é a seguinte: eu acho que somos a geração perdida. E somos losers. Mas também somos um bocado esperançosos. Digo, como geração. Então até aceitamos as derrotas e sabemos que elas fazem parte do jogo, mas no fundo exigimos bastante porque sabemos que não é absurdo, não é algo intangível. Não é que exista a obrigação de vencer sempre, a obrigação é sim chegar o mais longe possível. De preferência jogando bem.

Como assim não conhecemos peso da camisa? Eu acho isso engraçado. Se duvidar acompanhei mais coisa que muita gente da década de 70. E ver ao vivo não quer dizer nada. Grande parte da população mundial não acompanhou o holocausto, mas o peso dos fatos os atinge. Assim como vc não acompanhou o movimento sufragista, mas você vive a questão, é importante pra você, te atinge. Você acabou retratando os alienados de 80. Acredito que a maioria de nós viveu intensamente os insucessos do intervalo 70-94, mesmo que por imagens de arquivo. E se é pra falar de tragédias, poucas coisas no futebol me afetam tanto quanto a copa de 50. Dilacerantes as imagens do Maracanazzo. Ainda mais como carioca. E que o resto do país se rasgue de raiva, mas nada combina mais com futebol no Brasil do que o Maracanã. O eterno maior do mundo (mesmo que construam 500 outros maiores).

[ironia]Mas no fundo eu perdôo quem nasceu nos anos 70. A visão deles é um tanto revolucionária demais. Aquela coisa de querer ser libertário, se livrar da repressão, essas coisas[/ironia]. As pessoas de 70 me parecem querer provar alguma coisa sempre. Acho que as pessoas de 80 têm uma visão mais prática. Não temos nada a provar, a não ser pra nós mesmos (pode gargalhar do que eu disse agora, Cris. hehehehe).

E tem mais um monte de coisas que eu podia dizer, vários argumentos, que agora não consigo lembrar. Uma vez eu falei sobre isso numa entrevista. Me perguntaram: mais alguma coisa que você queira falar sobre você? E eu respondi: nada mais me ocorre agora, mas eu tenho certeza que assim que eu passar por aquela porta vou pensar em umas 10 coisas que eu podia ter dito.

É sempre assim, sempre fica algo por dizer.
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02 julho 2006

Ainda sobre a Copa: músicas e propagandas

Nesse exato instante eu deveria dar atenção a assuntos mais produtivos. Mas estamos no day after da eliminação ( e eu ouvindo Song to say goodbye do Placebo). Dias seguintes são os piores. Ainda não sei bem como concatenar as idéias num discurso lógico. E nem sei porque me sinto assim. Porque desde o início eu fui a primeira a dizer que não levaríamos o título. O problema não é perder, é como perdemos. Perder faz parte do jogo. É uma parte desagradável dele e tal, mas é parte. Foda é aguentar falta de vontade.

Eu lembro do clima pré-Copa. Um oba-oba miserável. Melhor do mundo pra lá, "melhor safra de jogadores desde 82" pra cá, comerciais exageradamente otimistas e aquele clima de a-taça-do-mundo-é-nossa-com-o-brasileiro-não-há-quem-possa. Mas o que me garantiu, ainda antes da Copa começar, que nós perderíamos foi o comercial da Aracruz Celulose. Alguém reparou quem cantava? Pois é, Gilberto Gil. Alguém lembra a última vez que ele fez uma música pra seleção em Copa do Mundo? Eu lembro. Foi em 98. A música se chamava Balé da Bola e o CD veio encartado no Globo de Domingo. Pra piorar, a música da propaganda da Aracruz é uma versão requentada de Balé da Bola. Gilberto Gil, seu pé-frio!!!

Então começou a Copa e a música da seleção era Epitáfio. Epitáfio!!! Péssimo sinal. Não bastasse isso, a música é cheia de lamentos e fala sobre confiar no acaso quando andar distraído. Não preciso nem dizer o que aconteceu com o titã que andava distraído.

Seleção entra em campo e é aquele jogo lento, arrastado. Lembro de Epitáfio e, por mais que não escute esse tipo de música, esbravejo: Epitáfio não, alguém chama a Ivete Sangalo pra acelerar essa gente!!! Porque jogador de futebol entende é isso, essas coisas mais popularescas mesmo.

Pra piorar tem o comercial da Brahma. Olé Brasil, traz a sexta estrela pra cá. O Brasil tava jogando mal e eles insistindo nisso de olé, de que nós somos fodas e não tem pra ninguém. Vale lembrar que o comercial da Brahma ainda conta com a presença do Latino, que não tem a menor relevância, a menor identificação com seleção nem nada, puro oba-oba. Seguimos para o Guaraná Antartica. Entra um caminhão em campo e sai a seleção. Num clima total popstar.

Vivo: o patrocinador oficial faz uma campanha onde os celulares são melhores do que o que se vê em campo, tanto que ninguém presta atenção no jogo. E ainda tem aquela propaganda pipoqueira em que um cara diz que cobrar um pênalti é muita responsabilidade e amarela.

Santander Banespa: toooooooodos os jogadores com a mesma conversinha de melhor do mundo. Então tá né, somos os imbatíveis, os escolhidos. Humpf...

O que todas essas propagandas têm em comum? Todas tratam os jogadores como celebridades, mais do que como jogadores. Todas exaltam o nome e fama individual deles, nenhuma fala de time, conjunto, garra, vibração. Todas apontam a seleção como algo inatingível, os deuses do futebol. Nenhuma, repito NENHUMA aposta no maior clichê do futebol nacional: a pátria de chuteiras. O mesmo clichê que foi marteladíssimo na última copa.

Enfim, eu queria agora um cartaz com 2 mãos, uma aberta batendo na mão fechada em punho com os seguintes dizeres: Eu já sabia!

Em tempo: toda vez que o Bono Vox veste a camisa da seleção e diz torcer por nós a seleção perde. O U2 se apresentou 2 vezes no Brasil, em 98 e 2006. No show desse ano ele chegou a colocar no telão o tema Copa do Mundo. Tinha a imagem da taça, o Ronaldo e o Bono ficou falando em hexa. Bono, por favor, não venha em 2010!!!
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01 julho 2006

And so it is...

Pois é. Ninguém esperava, mas eu sim. Secretamente vinha aquele medo básico e eu só pensava "a França de novo não...". Mas foi, o que se há de fazer? Mas tb, ninguém espera? Ah, não...muita gente esperava.

E eu fiquei aqui pensando nas ironias disso tudo. A França é o underdog dessa copa, isso é fato. E o destino em Copas do Mundo tem uma certa predileção pelos underdogs. E eu uso essa palavra porque acho mais bonitinha que azarão. O destino nessa competição chega a ser cinematográfico. É sério. Lógico que acho que a França vai perder a Copa. Mais que isso, eu torço agora mais do que nunca pela Alemanha.

Assistir o jogo com quem não entende de futebol é engraçado. Veja bem, estávamos assistindo o jogo de Portugal, e eu torcendo ferrenhamente contra Portugal. No fim do jogo a Inglaterra dominava, roubada num pênalti, lutando até o fim. E então a Inglaterra é eliminada, minha mãe não gosta e eu explico que futebol é assim mesmo, que nem sempre o melhor vence.

Voltando ao lado cinematográfico da coisa: imagine o seguinte roteiro. Temos aquele time que ninguém acha grandes coisas. Esse time tem um veterano desacreditado, alguém que foi brilhante mas que não anda lá grandes coisas. Aí esse time "fraco" pega o favorito pela frente e ganha. E então o veterano desacreditado volta a ser herói.

Tem uma coisa que me incomoda, a postura do Parreira. Essa espécie de gentleman futebolístico. E eu aqui pensando que ele devia fazer algo. E ele sempre tão educadinho, ponderado, silencioso. Caralho!!! Futebol não é um esporte pra gentlemen. Não assim. É grosseria, palavrão, vibração. Futebol é vontade! O Brasil não teve nenhuma vontade de vencer. Nenhuma!!!

Fico aqui pensando no Hornby em Febre de Bola. Ninguém entende o desespero e o sofrimento do torcedor. Só outro torcedor. Pro resto do mundo, somos só uns babacas exagerados. A vida continua, claro, mas o mundo parece não entender do mal que padecem os torcedores. E eu sou uma torcedora, não adianta. Por mais que eu não goste do estilo do Parreira eu torço.

Broxante essa eliminação do Brasil. Se eu fosse homem acho que ficaria broxa por uns dias. Sério.

O Brasil é o melhor time? Sim, ainda acredito que sim. Com o treinador certo seríamos campeões. Futebol não é lugar pra gentleman, definitivamente. E o Parreira gosta dessa pose, entende? Pois é, então o Brasil é o melhor time, mas joga mal pra caralho e perde.

Mas pensem bem, em 2002 o underdog era o Brasil. Seria isso alento pra 2010? Pelo amor de Deus, CBF, contratem um treinador decente! Leão e Luxemburgo nem pensar!!! Volta Felipão!!!

Na boa, nem sei o que pensar. Depois, com mais calma, talvez destrinche essas imagens que passaram em flashes de memória pela minha cabeça.
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