27 fevereiro 2007

Então eu fiquei doente. É foda...passei ontem a maior parte do dia na horizontal, entrei no antibiótico, to com febre, perdi palestra, vou ser suspensa na biblioteca por atraso na devolução de 2 livros e dormi (se é que você pode chamar aquilo que eu fiz de dormir) por 3 horas essa noite. Sim, estou radiante como se pode imaginar. Mas nem decidi postar por causa disso. Na verdade decidi postar porque nessas 3 horas de semi-consciência eu tive um dos sonhos mais bizarros da minha vida, eu acho que foi sonho. Ou então foi alguma espécie de delírio. Bem, não importa, seja o que for decidi culpar a febre (sim, ela ainda persiste).

Foi mais ou menos assim: estava eu deitada e começaram a vir na minha cabeça imagens de cubos. Na verdade faces que deveriam formar cubos. O encadeamento lógico da coisa, se é que pode-se dizer que houve alguma lógica, era como nesses dois vídeos. A classificação dos cubos tinha algo de musical. Tipo, post-rock era de uma cor, demais gêneros de outras cores. O objetivo da coisa era terminar num grande cubo branco, que seria a junção de tudo, uma vez respeitada a linha evolutiva e o contexto musical. E sabe-se lá pq isso ficava martelando na minha cabeça e eu só poderia dormir de verdade depois de formar o tal cubo branco. O que era um inferno porque uma coisa se desdobrava em outra e era ligada a mais outra e formavam-se cubos de várias cores mas não brancos. Na verdade eu consegui formar o tal cubo branco e aí imediatamente a minha cabeça virou uma tela vazia. O nada.

Pensei que ia conseguir dormir, aí me veio na cabeça uma voz dizendo "não, você não entendeu...". E começou tudo de novo. Aí eu tava com 39 graus e pensei que meus neurônios tinham ido pro espaço e minhas enzimas estavam desnaturando. Lembrei de um professor de Biologia que eu tive no 1º ano do 2º grau (sim, eu sou velha. Ensino médio my ass). Wanderley era o nome dele. E ele sempre falava da evolução, que tudo começou como uma sopa proteica primal e etc e tal. Daí a imaginar enzimas desnaturando foi um pulo.

Sanidade (por esses dias) não é o meu forte.
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25 fevereiro 2007

Olha o placar!!!





Então tá né? Ao invés de monografar joguei Frostbite numa noite de segunda-feira...

...nerd pride.
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18 fevereiro 2007

Seria Mussum um Geek?
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15 fevereiro 2007

Diálogo de alguns dias atrás:

- Você percebeu que essa é a primeira vez que nos encontramos na faculdade depois da colação de grau?
- É verdade, não tinha percebido...
- É tão estranho!
(meu silêncio com cara de “puta merda, é estranho mesmo...”)

E então me vem à cabeça isso:

“Gostaria de lembrar, no entanto, como faço com todos os meus alunos, que as coisas não caem do céu. Nem mesmo para gente talentosa como vocês. É preciso ir buscá-las: correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. É preciso ter determinação e paciência. Muitas vezes será necessário voltar ao ponto de partida e recomeçar tudo de novo. As coisas não caem do céu. Está em Camões: “As coisas árduas e lustrosas só se alcançam com trabalho e com fadiga”. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos, coração conquistarem o resultado almejado, não tenham medo de ser felizes. Ao contrário, saboreiem o sucesso merecido, gota a gota. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais, que ninguém é bom sozinho e que no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu. E é preciso agradecer.”.

E mais isso:

“O resumo de tudo que lhes disse cabe em uma frase: sejam felizes sem culpa, amem a si mesmos, amem ao próximo, tenham ideal, não tomem decisões com raiva, corram os riscos que valem a pena, falem de maneira precisa, clara, civilizada e sem excessos, sejam determinados, sejam humildes, sejam bem-humorados e desfrutem sem medo o sucesso que farão.

Muitas dessas idéias cabem com perfeição em um poema de José Martí, mártir da independência cubana. Elas expressam uma boa atitude diante da vida. Com ele eu me despeço de vocês:

“Cultivo uma rosa branca
em julho como em janeiro,
para o amigo verdadeiro
que me estende sua mão franca.

E para o mau que me arranca
O coração com que vivo,
Cardo ou urtiga não cultivo:
Cultivo uma rosa branca”.

Vão em paz, sejam o melhor que puderem, Deus os abençoe.”
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E me pego pensando que se pudesse voltar no tempo reescreveria com prazer parte da minha vida acadêmica. Mas só parte. Para minha surpresa, percebo que a parte que reescreveria envolve uma disciplina que nunca me ofereceu problemas ou insucesso. A parte que não reescreveria foi um percalço.

Há em Economia um conceito chamado externalidade positiva. Pois bem, um dos meus grandes percalços acadêmicos teve uma externalidade positiva, e ela me permitiu fazer parte de coisas maiores, mais significativas. Quem sou eu pra desvendar os mistérios da minha existência...

A grande verdade é que baixou em mim uma persona sentimentalóide, saudosista. É como o final do Apanhador no Campo de Centeio, quando o Holden diz que o problema de contar uma história é a saudade que dá assim que você termina de contar.

Enfim, sentimentos contraditórios de despedida e permanência. E o que mais faço é pensar. Gente burra deve levar uma vida mais fácil do que eu, que me questiono 24/7. As referências surgem do nada na minha cabeça. A última foi anteontem, saindo de casa pro trabalho. Estava eu quieta e, de repente, vem à cabeça: “cause I wonder sometimes about the outcome of a still verdictless life. Am I living it right?”. Como se houvesse resposta certa...yeah, right. Eu já disse antes que não tenho respostas. Don't believe me when I say that I've got it down...

Então eu me peguei, hum, tocada pelas palavras, pelo discurso, pelas memórias daquela noite. Pensando nisso de ser o melhor que eu puder ser. Eu sei, eu sou fria e racional como um antigo soldado soviético, mas, ora, eu também tenho um coração.

p.s: aos que conhecem a história do "fria e racional como um antigo soldado soviético", me poupem de escrever aqui o que vocês me diziam invariavelmente pra contradizer isso. Eu ainda tenho uma imagem a manter... =)

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13 fevereiro 2007

Silverchair



To voltando ao vício de Silverchair, ouvindo Straight Lines, música que virá no 5º álbum da banda, Young Modern. Sim, eu sou fã de Silverchair. Muito fã. Tipo, o meu Diorama (4º álbum) é o CD exclusivo do mercado australiano. Tem videozinho, capa externa, cartãozinho com uma foto da banda e ainda veio um poster. Eu o tinha em mãos um mês antes do lançamento oficial no Brasil. Também comprei da Austrália o DVD/CD quádruplo (!) Live from Faraway Stables. E o meu é a embalagem especial também, que abre inteira e ainda vem um livreto com fotos. Provavelmente Vou comprar Young Modern no mesmo esquema.

Isso me lembra a primeira vez que ouvi Silverchair. Hum, já se passaram 10 anos, quase 11. Tava no carro, e tocou Tomorrow no rádio. Achei que era uma música nova do Pearl Jam. Aí ouvi Frogstomp inteiro. Bem rock de Seattle mesmo. Depois veio Freakshow, com cítaras e demais experimentalidades. Eu comprei (bem, compraram pra mim em SP) a versão importada e ouvi horrores. Os dias de Seattle tinham chegado ao fim. Tempos depois veio Neon Ballroom com o épico Emotion Sickness (David - Shine brilhante- Helfgott no piano) e o maior erro de interpretação de uma música do Silverchair: Miss You Love. Virou tema romântico de Malhação e milhares (milhões?) de adolescentes ridículos acharam que era uma música bonitinha sobre amor. Na verdade Miss You Love é sobre a incapacidade de amar. Mas deixa quieto. Passa mais um tempo, boatos de rompimento, artrite reativa do Daniel Johns, casamento com a Natalie Imbruglia. É a era Diorama.

Bem, o 4º álbum jogou a banda no ostracismo. Porque a cada disco o Silverchair vinha diferente e os insípidos adolescentes (é só ver em qualquer comunidade da banda no Orkut) cismam que a única fase que presta é a fase mais pesada, a dupla Frogstomp-Freakshow. Diorama só tinha duas músicas com uma pegada mais Freakshow (One Way Mule e The Lever). O resto era mais elaborado, digamos assim. Agora to eu aqui esperando Young Modern.

O engraçado de bandas favoritas é que você pode ficar um tempão sem ouvir, mas quando escuta novamente é como se você nunca tivesse parado de ouví-la por um tempo. É como reencontrar um amigo e achar que nunca estiveram afastados. E agora acabo de lembrar que 10, quase 11 anos atrás eu era uma adolescente na Praça da Apoteose esperando o Silverchair tocar. E o tempo passa rápido demais.

Viu como eu não sou indie? =)
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09 fevereiro 2007

Estava eu conversando com uma amiga minutos antes da prova. Ela falou de iPod e eu falei que a única foto que tenho no Orkut é do meu iPod cercado pelos CDs que eu tava ouvindo mais na época e etc. Aí vem o seguinte diálogo:

- Era o que eu tava ouvindo bastante, Interpol, Libertines, Cabaret, Netunos, Killers...
- Cabaret e Netunos tb? Vou contar pro fulano...
- É, agora eu tenho ouvido mais The Math and Physics Club, eles são bem parecidos com Belle & Sebastian, principalmente numa música, La La La Lisa e...
- Você é muito indie...olha o nome dessa banda! (risos)
- Ah, não sou indie não...mas ouço bandas com nomes estranhos, tipo Someone Still Loves You Boris Yeltsin, I Love You but I’ve Chosen Darkness, The Math and Physics Club...


Isso foi um pouco antes de dizer que eu toparia me fantasiar de Rivers Cuomo. Pra completar, eu tava com o Adidas verde e amarelo. E lá vou eu afundar, aos olhos alheios, na indiezice. Eu nego.

Ah, e pra quem ainda não conhece o Grabber, recomendo fortemente que baixem o programa. Ele puxa arquivos do rapidshare burlando aquela palhaçada de esperar um tempo pra fazer outro download. Você só precisa de uns proxys mas isso é mole de arrumar e mando uma listinha pra quem se interessar. Pra provar o poder do Grabber, olha a velocidade do download na imagem abaixo!

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06 fevereiro 2007

Trabalho e etc.

Pois bem, clima pesou no trabalho. Pesou feio. Tipo, tem cabeça (não a minha) à prêmio e tudo. A meu ver tudo muito injusto. O chefe coloca a cabeça de outrem à prêmio e fala na cara da criatura que o trabalho que deveria ser feito por ela na verdade é feito por mim e blá blá blá. Fico me perguntando se isso é só mais uma tática maquiavélica de desmoralização profissional ou se também tem aí o componente "dividir para conquistar". Porque, sim, eu sou amiga de quem ouviu isso.

Não bastasse isso, eu PRECISO produzir um trabalho até sexta-feira. E ainda piora, tenho uma prova na quinta e ainda nem olhei a matéria (são só umas 50 páginas...). Ou seja, é o caos. Lógico que em circunstâncias assim eu, que já sou normalmente ansiosa, fico tensa de vez. Pois é, I'm freaking out. O resultado disso é que o fofo do meu estômago resolveu me foder de vez. Gastrite, aqui me tens de regresso. Bem, essa última frase é uma piada interna que, espero, será captada.

Enfim, isso explica porque não tenho sentido lá muita vontade de postar aqui ou comentar nos blogs alheios. Não sei nem o que falar. Meu cérebro já era. Se alguém ainda quer uma prova de que eu ando completamente retardada, olha o que me fez rir como uma imbecil. Não preciso dizer mais nada né? Pois é.
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02 fevereiro 2007

É impressão minha ou o Thom Yorke em Just parece um pouco com o Martin Short?

Em tempo, alguém mais acha que o Caçulinha tem uns traços em comum com o Robert Englund ou isso é coisa da minha cabeça?


E da série piores printscreens ever...



Eu dei pausa e ficou assim. Não resisti, tive que salvar a imagem!
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