20 dezembro 2006

Da série: O subconsciente é uma coisa estranha

Segunda à noite tive uma prova até as 11 da noite. Cheguei em casa e terminei dois trabalhos que tinha começado antes. Dormi 3 horas naquela noite. Aí chega terça e descubro que uma das minhas provas foi antecipada. Encaro. Já são 2 provas e 2 trabalhos num intervalo curtíssimo de tempo e com poucas horas de sono. Chego em casa cansada e durmo relativamente cedo. E tenho um sonho bizarro.

No meu sonho, eu sou acusada de homicídio por ter matado alguém em um trote violento (logo eu que me relaciono bem com todas as pessoas em quem dei trote). Quem me acusa? Meu professor de Processo Civil. De repente to eu com uma acusação de homicídio nas costas sem saber nem o que aconteceu ou quem é a vítima (Kafka anyone?). Só lembro de ver um recorte informando que são 2 indiciados, eu e um cara. Óbvio que só conto isso pra família um tempo depois, quando a situação já tá insustentável. No meio do sonho converso pelo messenger com uma amiga da faculdade. Um tempo depois começo a pensar em advogados criminalistas e digo que se for condenada não vou sobreviver ao primeiro dia e decido que se a condenação vier eu me mato (drama queen). Agora, como eu construí essa maluquice na minha cabeça? Elementar, meu caro Watson...

O homicídio eu não sei de onde saiu, mas o trote eu sei. Tirei dela, que tá fazendo vestibular. Sobre o promotor a me acusar ser o professor de Processo Civil é simples, um dos trabalhos que eu fiz foi da matéria dele. A parte do Messenger também é fácil de explicar, a tal amiga foi mencionada em caixas de comentários. Por fim, a parte do suicídio frente ao mundo cão da cadeia. Isso vem de uma conversa acho que no semestre passado. Estávamos em sala de aula esperando um professor chegar pra dar prova e a conversa foi parar em cadeia nem sei como. Aí foi um desfile de atrocidades. O comentário mais leve da conversa foi meu, ao citar Um Sonho de Liberdade e a cena em que o personagem do Tim Robbins sofre ameaças de abuso sexual e diz que pode arrancar numa mordida o pau do cara. Isso foi o comentário mais leve. De resto teve um colega falando que logo na primeira semana o cara já ia contrair todas as DSTs possíveis (com riqueza de detalhes) e por aí vai.

E a construção de toda uma historinha com pequenos elementos me lembra Os Suspeitos, a cena da caneca de café caindo enquanto o policial se dá conta de que tudo que ouviu foi uma mentira elaborada com nomes e elementos presentes em sua própria sala.

Então minha cabeça funciona assim, com associações absurdas de pessoas que conheço, livros que li e filmes que vi. Tudo embalado pela insanidade advinda da total privação de sono. Normalidade é para os fracos...hehehehehe
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