03 julho 2007

A patrulha do politicamente correto

Eu odeio esse tipo de patrulha (e qualquer outro, a bem da verdade). Poucas coisas me irritam tanto quanto a necessidade de posar de bonzinho, consciente, preocupado com todas as mazelas do mundo. E desde quando você é insensível e um parasita que não se preocupa com o mundo só porque se recusa a levar a vida a sério 24/7?

Uma vez eu cometi o erro de contar uma história de porre pra uma menina que estudou comigo no ginásio numa dessas reuniões de turma. Eu contava rindo e ela com olhar desaprovador, dizendo que eu ia destruir meu fígado e quase me recomendando uma visita ao AA. O que era um claro exagero porque a história nem era pavorosa assim. Resposta espírito de porco dada por mim: "Fígado regenera, Prometeu que o diga. A natureza é sábia". Eu não entendo essa gente metida a geração saúde. Ah, não ferra! Finish your beer, there are sober kids in Africa! E tem mais, na fase adulta da minha vida (argh!) não fiz amigos bebendo leite.

Depois vem a necessidade de ser politicamente correta com portadores de deficiência. Eu não sacaneio portadores de deficiência, que fique bem claro. Mas porra, é tão ofensivo assim dizer que alguém é cego, surdo ou mudo ao invés de dizer que fulano é portador de necessidades especiais? Então não existem mais negros, só afro-descendentes? Eu odeio a obrigatoriedade de usar essas expressões politicamente corretas num contexto absolutamente informal. Entendo a utilização deles em textos e etc, mas no meio de uma conversa? Give me a break.

Mas depois de reclamar disso tudo, eu vou fechar com uma das críticas mais geniais que eu já vi à ditadura do politicamente correto. Porque eu gosto de ironia e o Seinfeld é genial.

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