08 setembro 2008

Aeroportos e cidades

Eu já falei isso antes mas vou repetir, não entendo como podem ver com glamour essa rotina de corno de ficar pegando vôos pra lá e pra cá, taxis em aeroporto, correr de uma reunião a outra e pagar uma grana em roaming. Isso cansa horrores!

Eu não gosto de ir pro trabalho de mala sabendo que no final da tarde vou ter que pegar um avião e chegar no início da noite num aeroporto que fica completamente isolado da área urbana da capital onde ele aterrisa. E lá se vai mais uma hora, uma hora e meia até chegar à civilização, fazer check-in e achar que hotéis são uma merda, mesmo quando são da rede Bristol.

É tudo tão impessoal. Entrar em taxis e circular pelos lugares, café da manhã de hotel, pegar mala em esteira de bagagem, check-in, check-out. Tudo tão businesslike, tão estéril, asséptico. Pessoas que se cumprimentam em elevador e fazem piadinhas sobre o panfleto que fala do serviço de quarto. Humpf.

Vou, resolvo tudo que tenho que resolver e volto. Dois dias depois, fim de tarde toca meu celular:

- Alô
- Oi, C., tudo bem?
- Tudo, F., e vc?
- Tudo bem, você tá ocupada?
- Um pouco, mas diga.
- Me liga assim que você puder, apareceu um processo novo no (insira aqui o órgão responsável), dessa vez é contra a Empresa Y.
- Ok, já te ligo.

E lá fui eu pedir que reservassem vôo pra mim. Mal cheguei e já tenho que viajar de novo. Olha, juntar milhagem desse jeito eu não gosto.

A única parte legal nisso tudo é que é mais uma viagem praquelas audiências em SP em que eu me sinto mais advogada que mera gestora de processos. Ou seja, eu vou lá naquele clima "I'm here to chew bubble gum and kick some ass and I'm all out of bubble gum". Já pesquisei umas coisas e já to com a linha de defesa toda montada na minha cabeça. Essas coisas me empolgam horrores.

Ai, ai...lá vou eu ter um surto de Kevin Lomax. Adoro.
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