29 agosto 2008

Das coisas fodas do dia a dia

Cara, pára tudo! Uma Desembargadora do TRE daqui do Rio abriu uma sentença com uma frase de Watchmen. Não bastasse isso ainda citou Mario Puzo. Caralho! Fala a verdade, dá até orgulho da classe. Aliás, meu orgulho nerd atingiu níveis estratosféricos com isso.

Tiop, não é nada não é nada...não é nada mesmo. Mas sério, pra quem está habituada aos vetustos termos jurídicos e à imensa solenidade com que os assuntos são tratados. Como se HQ ou músicas fossem indignas de citação, expressões menores. Isso aí foi um sopro de originalidade. Na minha cabeça é a substituição dos velhinhos togados por uma geração menos "acadêmica". Não que isso signifique perda na qualidade ou conhecimento jurídico, não é isso. Quero dizer apenas que é, bem, a breath of fresh air.

Eu fico empolgada quando eu vejo essas coisas porque imagino um judiciário formado por gente capaz de deixar pra trás velhos preconceitos, transpor barreiras históricas. Eu fico empolgada porque eu sou babaca e me empolgo com essas coisas. Fato.

No fantástico mundo das referências nerd/infames, cito sempre minha monografia de conclusão de curso. Embora séria, ela escondia um monte de referências. Eu citei Interpol, Beach Boys, os 5 criadores do mp3 (enquanto arquivo) e ela só não teve 42 páginas porque eu precisava escrever mais que isso.

Babaquice a minha? Claro! Babacapacaralho. Mas me prometi subverter a seriedade e a solenidade do último ato da vida acadêmica na graduação. E assim o fiz. Agora a parte final é dar uma revisada no texto e deixar uma cópia na biblioteca da faculdade. Aí vai ficar lá para todo o sempre a minha produção intelectual mais infame (que ainda me rendeu nota 10 e conceito A, antes que critiquem).

And my friends, I have a dream...um dia lerei uma citação dessa natureza ou remissão a uma banda obscura num voto qualquer de um Ministro do STJ ou STF. Não custa nada imaginar essas coisas... =P
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