01 agosto 2008

Together we're invincible

Meio atrasadinho, mas aqui vão minhas considerações sobre o show do Muse na última quarta-feira. Pra começar, devo dizer que enquanto produção, o Muse é daquelas bandas que faz show viadinho. Grafismos, efeitos especiais, smoke and mirrors. Enfim, adoro.

Foi meu primeiro show no Vivo Rio e ouvi coisas horríveis sobre o lugar, mas até que gostei. Seguindo o esquemão HAARP, a banda começa o show com aquela introduçãozinha e começo a ficar animada como uma adolescente. Mas do meu jeito blasé, claro.

Muse ao vivo é absolutamente genial! O Bellamy ao vivo canta com a mesma clareza do estúdio (o que é sempre bom) e os agudos são ótimos. Microfonia e agudos no meu ouvido? Oh yeah, give me some of that.

Em algumas partes do show me pareceu que o Muse era uma espécie de banda de metal revestida de alguma erudição. Se é que essa imagem faz algum sentido.

Como era esperado, quando tocou Supermassive Black Hole a indiezada resolveu fazer uma dança do acasalamento. Eu não sou indie. Outro fuck hit clássico do Muse também produziu efeito semelhante: Time Is Running Out. Como eu explico para os não iniciados, músicas assim são o equivalente alternativo de Wicked Game do Chris Isaak. Não podia ser diferente com uma música que diz "you're something beautiful, a contradiction/I wanna play the game/ I want the friction".

Mas ok, voltemos aos efeitos especiais. Telão com imagens pontuando as músicas. Muitas vezes até projetando algumas frases das músicas. Quando tocaram Invincible as imagens militarescas e de resistência conseguiram quebrar um pouco da minha frieza soviet e me causaram arrepios. Emudeci e assisti.

Lá pelas tantas o que passa no telão? Imagem de jogo de videogame (vou poupá-los dos detalhes sórdidos). Porra, não faz assim que meu coração não aguenta. É jogar muito baixo com o meu lado nerd.

Pontos altos da participãção do público: Supermassive Black Hole, Starlight, Butterflies and Hurricanes, Sunburn, Knights of Cydonia.

Uma observação: me espantou a quantidade de fãs da banda. Vivo Rio cheio e as pessoas cantavam junto! Até as músicas antigas! Uma pequena crítica, eles não cantaram Muscle Museum. Uma pena porque eu adoro essa música e foi a primeira música que eu ouvi deles lá no final dos anos 90.

Enfim, foi o show de 2008 so far. E olha que eu gosto mais de Interpol. E eu podia fazer uma análise bem melhor se meu cérebro não tivesse ido pro espaço depois dessa semana de correria.
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