27 junho 2008

Álcool, música e infâmia

Essa semana voou. Pudera, passei alguns dias inteiros num desses workshops corporativos. Mas foi bem legal, bem interessante. Técnicas pra falar em público. O lado mico é que filmam o antes e o depois. Acabei descobrindo que eu viro outra pessoa com um pointer na mão e uma apresentação na cabeça. Antes que perguntem, não, eu não tenho esses vídeos.

O lado bom de trabalhar numa empresa grande e com representatividade nacional é conhecer gente de outros lugares que normalmente você não conheceria e acabar descobrindo o quanto essas pessoas são importantes na sua vida.

Uma dessas pessoas esteve por aqui e fez aniversário. Daí que as pessoas se animam a comemorar e eu embarco. Geralmente em canoas furadíssimas. Bem, pelo menos pra mim. E os lugares que o pessoal do trabalho gosta são tão distantes do meu mundo. Tipo Rio Scenarium e suas trocentas bandinhas de samba/marchinhas/forró/whatever.

Enfim, Stella (a Artois) na mão, nada na cabeça. Muita infâmia. Cantadas baratas seguidas de risadas. Gringos sem noção e convite pra dançar que me faz ouvir de um estranho "a vida não é só trabalho" só porque não quis dançar com ele e estava vestindo o uniforme de trabalho. Humpf.

Recentemente descobri mais uma fonte de divertimento corporativo no departamento do povo fofoqueiro: aguçar a curiosidade alheia. Cena 1: chego eu no trabalho de mochila.

- Veio de mochila hoje? Pra quê?
- Eu não vou dormir em casa. A mochila tem roupas.
- Hummmm...não vai dormir em casa...você tá armando...
- Que armando o que...
(final do dia)
- Vocês vão pra que lado?
- Direita, pro metrô.
- Ah, então deixa, eu vou pra esquerda a pé.
- E o seu carro?
- Vai dormir no estacionamento, ora.
- Você tá armando...
- Armação nenhuma. Até amanhã, gente.

Cena 2: pensem o que quiserem

- Fulana bebeu e falou besteira.
- Ah, foi engraçado. C., você nem bebe né?
- HA!
- Nossa, até deu medo dessa risada...
(saída pela direita com risinho enigmático)

Mas o acontecimento do dia de hoje foi fazer um cara arrogantão amarelar e literalmente falar "não fui eu!" na frente do seu superior hierárquico. Porque minha paciência, embora seja grande, possui limites. E quando o limite chega, a gente entra de sola no adversário.

Assustar os outros em um ambiente de trabalho (de vez em quando) faz bem. Previne ataques. E eu ando bem disposta a ver o circo pegar fogo. =P
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