05 julho 2008

Please don't slow me down if I'm going too fast

To aqui vivendo o aftermath da desistência alheia. Isso me obriga a montar uma operação de guerra para supervisão de 1300 processos sem perder prazos, sem perder audiências. Operação de guerra que tem que ser implantada já segunda e ser conduzida até o meio do mês. E ninguém fez isso num espaço de tempo tão curto e tão de surpresa. Mas agora eu to com aquela sensação besta de orgulho pessoal e vou fazer o que ninguém ousou fazer. E vai dar certo. Eu não vou deixar furo.

Pelas próximas duas semanas eu vou viver em contagem regressiva. E olhando por cima dos meus ombros. Porque tem uns 2 ou 3 querendo se criar em cima de mim e usando a oportunidade pra aparecer. E eu não quero e nem vou deixar. It's my show. EU faço acontecer. EU decido. E se algum deles quiser passar por cima de mim, bem, aí eu viro Cavalera e vou começar a ouvir em loop na minha cabeça o Max gritando "war for territory".

Eu levo as coisas pro lado pessoal, não adianta. Se alguém tenta passar por cima de mim no trabalho não dá pra entrar num clima it's just business. Não dá mesmo. Just business my ass. E aí eu fico bem primitiva mesmo. Mais primitivo que isso só se eu fizesse xixi em volta da minha estação de trabalho pra marcar território. Mas eu sou uma mocinha educadinha então eu fico na ironia e afasto pequenos perigos com evasivas genéricas como "não é assim, tem suas particularidades. Eu estou analisando".

Ando mais workaholic que o normal, admito. Hoje por exemplo, to aqui tensa porque a versão web do meu e-mail corporativo tá fora do ar. Fico na defensiva porque sei que estou em risco mesmo. Fui contratada com base no meu potencial, na minha formação. E eu tenho um orgulho filha da puta da minha faculdade. A falta de experiência em alguns assuntos está sendo suprida. Ainda tenho muito a aprender, mas hoje em dia já me sinto muito mais segura pra orientar os outros com relação a alguns assuntos. É legal notar que os meus pares me procuram pra tirar dúvidas, perguntar minha opinião, pra tentar achar uma solução em conjunto.

Enfim, essas são algumas partes boas e ruins do trabalho. As partes boas suplantam as ruins, ainda bem. E eu fugi do assunto.

Voltando, a tarefa a cumprir envolve aproximada mente 1300 processos, 2 semanas, paperwork e total vigilância. Assim que saí da reunião pra explicar o plano de ação o chefe me falou "sucesso!" enquanto eu saía da sala. Virei, sorri e agradeci. No íntimo eu pensava "vai ser uma operação de sucesso sim, porque eu vou fazer funcionar". É uma questão simples de orgulho pessoal. E vai funcionar. Mesmo que pra isso eu tenha que infernizar uma meia dúzia de pessoas.

Cara, parece chato e complicado, mas preciso dizer, eu to gostando tanto das coisas. São constantes desafios e eu fico tensa mas é uma tensão boa. É uma sensação de ser capaz de lidar com tudo e com todos, de ser capaz de transpor qualquer obstáculo que se ponha à minha frente.

E o mais divertido de tudo é poder fazer essas coisas e notar que eu to construindo uma relação legal com várias pessoas de outros departamentos. Já recebo e-mail até com o meu nome em apelido (diminutivos e abreviações, etc).

Mas continuo achando que reconhecimento eu prefiro em espécie. =P
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