22 maio 2008

Bizarrices da vida profissional

Acordo eu tarde, afinal, é feriado. Vou pra sala e encontro dona mamãe vendo filme. Decido ver também. Lá pelas tantas ela me pergunta:

- Quem é A.D?
- Ahn? A.D (céus, será que falei esse nome dormindo? Dei pra falar dormindo agora?)? Sei lá! Pode ser de um dos meus processos...(mas perae, meu subconsciente tá misturando o sobrenome das pessoas?!?).
- Ah, é que você falou ontem...
- Ah tá! A.L!
- Isso...quem é?
- Ah...gente que me tira do sério.

Não bastasse isso, tive um sonho bizarro work-related. Sonhei que eu encontrava um colega de colégio que escolheu a mesma carreira que eu. Só que o cara era associado ao escritório XYZ que, no meu sonho, tinha lá algum prestígio embora eu não conheça nenhum escritório com esse nome e nem consiga lembrar quem é o tal colega de colégio.

Enfim. O tal colega me liga e faz um proposta de trabalho. Salário legal e etc, mas não respondo. No decorrer do sonho o cara deixa dois recados na minha caixa postal pedindo uma resposta enquanto me limito a procurar uma amiga que, profissionalmente, tem ares de mentora pra mim. Acordei antes de responder qualquer coisa. Na confusão ainda tinha um desembargador que fazia considerações sobre isso e aquilo e meio que recomendava o escritório do tal colega de colégio. Tudo indica que eu ia dizer não.

Na linha diálogos bizarros eu fui chamada de insensível por gente do trabalho assim, na minha cara.

- Dra. C, e aquele assunto do escritório alfa?
- Essa gente tá enchendo o meu saco! Toda hora querem alguma coisa! Como se eu não tivesse mais nada pra fazer além de atendê-los...
- Nossa, primeira vez que eu vejo você ter uma reação assim.
- Sei, é que eu sou sempre calma e séria né?
- Pois é. É bom ver algum sentimento.

Se eu fosse a Ally McBeal nessa hora alguma manifestação gráfica ocorreria. Mas como eu não sou, acho que só olhei pra criatura com aquela cara de como fas///. Queria entender a vocação das pessoas pra fazer toda sorte de comentários impertinentes.

Outra coisa que eu queria entender é porque eu sempre sinto vontade de rir e balanço o indicador em riste como quem diz "nem ouse sacanear, é meu uniforme de trabalho..." toda vez que alguém que só conhece meu lado casual me vê fantasiada de gente séria. Vergonha! Eu já devia ter me acostumado às reações de estranheza. Nem adianta, por baixo da indumentária quem tá ali é a sem noção de sempre. =P

P.S: E eu aqui vendo TV Justiça. Pra muita gente isso parece o inferno, mas eu gosto. Teve até bate boca entre os Ministros Marco Aurélio de Mello e o Cezar Peluso, veja você. Aquele bate boca bonito, cheio de "eu peço vênia pra discordar" e "com todo respeito ao colega Ministro, não me parece adequado pedir vênia para descaracterizar a opinião de um colega seu". Enfim, só no eufemismo. To vendo o dia que eu vou ver a galërë do STF mandando geral se foder com todo o garbo e elegância.
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