21 dezembro 2007

O ano acabou? Não, ainda dá tempo de fazer algo estúpido.

Eu não sei o que tá acontecendo comigo em 2007 que eu adquiri um talento ímpar pra fazer as maiores cagadas. Não há palavra capaz de expressar o quanto eu me sinto uma filha da puta sem coração hoje. Acordei pensando em Salesman at the Day of the Parade do Rogue Wave. Só consigo ouvir a voz do Zach Rogue cantando I'm so sorry for what I've done. E é tudo que eu sinto agora. So terribly sorry for what I've done. Não era minha intenção ter dado uma mancada tão grande, mas o resultado foi estúpido, coisa de gente filha da puta e sem consideração. E logo com quem mais amo.

Já pedi perdão. Quem me conhece sabe que eu não uso essa palavra. Só quando a coisa é séria. No máximo peço desculpas pros outros. Eu levo a intensidade das palavras em consideração. Não as banalizo. Não digo que amo quem não amo. Não digo que fulano é meu amigo se não o for de fato. Enfim, pedi perdão. E acho que não adiantou nada.

Mas eu também to cansada de me desculpar por tudo. Porque se eu começar a acreditar que eu sou isso mesmo então eu vou me odiar. Mas eu não consigo verbalizar. Não consigo falar o que eu penso, não consigo me explicar então a imagem que fica é essa. Não posso ficar discutindo por escrito com quem tá na minha frente. E isso me lembra um trecho de um filme: "I can either stick up for myself or believe everything you say about me and end up hating myself. And maybe you think I should, but it's not much of a life, you know?".

A vida é um grande clichê.
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