04 novembro 2007

Metáforas de uma ébria eventual

Pois bem, eu havia escrito um post sobre metáforas e simbolismos que tangenciava um evento cujo resultado eu aguardava. O evento em questão era o Exame da Ordem. O resultado saiu, eu passei, fiquei feliz etc e tal e, óbvio, comemorei. Acontece que a comemoraçãozinha familiar envolvia champagne e eu resolvi que eu merecia beber bastante. Comemoração indoors, tudo muito seguro. O problema foi que depois de algumas taças eu resolvi que queria escrever. Lógico que o resultado foi patético. Como eu não tenho um pingo de vergonha na minha cara, reslvi publicar hoje o post sério acompanhado do nonsense alcoolizado. Enjoy.

Eu tava pensando outro dia no poder das metáforas na minha vida. Eu sou muito mais metafórica do que imaginavar ser. Me prendo a simbolismos e pequenos sinais que pra mim são bem óbvios, mas acho que não o são para as outras pessoas. É engraçado porque eu convivo com essa impressão de que eu sou muito fechada, algo indecifrável, um tanto críptica. Eu acho essa impressão uma grande besteira. Não há nada em mim tão críptico assim. Mas esse não é o ponto. Eu estava falando de metáforas e simbolismos.

Algum tempo atrás meu relógio parou. Pensei em pegar outro pra usar e vi que ele tinha parado também. Eu, escrava do tempo, me vi então sem o instrumento que disciplina o meu dia. De repente me dei conta de umas coisas. Meu terceiro relógio parou tem muito tempo e eu nunca troquei a bateria porque foi um presente e eu cortei relações com quem me deu. Uma forma simbólica nada sutil de apagar alguém da sua vida. Eu não preciso de algo no meu pulso noite e dia a me lembrar da existência alheia. O quarto relógio eu não usaria porque era formal demais então é isso. Fiquei alheia ao tempo. E sim, eu gosto de relógios CQD.

Acontece que ultimamente parte da minha vida está em compasso de espera. Me sinto temporariamente congelada no tempo. Como se eu vivesse num estado de suspensão que só poderia ser desfeito com um evento futuro. Mais ou menos como ir pra cadeia no Banco Imobiliário. Eu to parada no jogo enquanto não tirar números iguais nos dados. Em razão disso resolvi não trocar a bateria dos relógios. Resolvi que, simbolicamente, permanecerei com os meus relógios parados até que o tal evento ocorra. Todos os ponteiros então voltarão a se mover e a vida seguirá. Bem, pelo menos parte dela.

Eu me perco nesses simbolismos e pequenos significados. Eu chego a achar divertido as mensagens subliminares que não são captadas com as minhas atitudes. Eu sei que é piração isso, mas há significado em quase tudo. É um jogo de observação que eu faço com o mundo. Deve ser efeito colateral de ter lido Maquiavel muito cedo, eu leio pessoas.

Último devaneio do post, a palavra simbolismo me lembra duas coisas: Cruz e Souza e Mr. Jones do Counting Crows (I felt so symbolic yesterday/If I knew Picasso/ I would buy myself a gray guitar and play). Vá entender...

E agora a maluquice bêbada:

Pela primeira vez na história desse blog eu vou escrever um post alcooolizada. Aeeeeeee!!! Seguinte, essa noite eu to enchendo a cada de champagne pq não é todo dia que a gente passa de primeira no exame da OAB que tem índice de reprovação na casa dos 92% não é mesmo? Aeeeeeeeeeeee! palmas pra mim. como eu sou uma fraude e picareta eu fingi que me dediquei aos estudos nessa prova e ainda assim passei pq alguém lá em cima deve me adorar. e porque eu sou foda. Tipo...eu escolhi a área por eliminação, não suporto o tema e toda vez que ia estudar acabava entediada pq sério direito cambiário é coisa do demo. FODA-SE SOCIETÁRIO!!!! EU gosto de ambiental...é legal...internacional é lindo...arbitragem...but aaaanyway. ta bom eu confesso eu dormia quando eu começada a ler o Ulhoa. pronmto, falei1!

O que importa é que passei de primeira e agora eu não sou mais bacharel e sou advogada. Aeeeeeee!!! Tipo......sei lá. acho que e isso. passeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiii. chega.

Moral da história: Kids, never drink and type.
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