16 novembro 2007

The end has no end

Ok, faculdade acabou, OAB passou e eu sobrevivi a tudo isso. O ano de 2007 vai terminando muito bem. Mas e agora, como fas?!?

Agora eu to ferrada porque é hora de admitir de vez que eu sou adulta. Era infinitamente mais fácil a vida de estudante/estagiária. Se enchessem meu saco eu largava o estágio. Se um professor me enchesse o saco eu o aturaria só por 6 meses. A vida era tão mais simples...

Essa sensação de recomeço é ao mesmo tempo animadora e apavorante. Porque eu já comecei a construir uma vida profissional mas as cobranças agora são infinitamente maiores. As responsabilidades são maiores e você não pode mais pedir 2 dias de folga pro chefe pra ver um show em São Paulo. Como estagiária eu fiz isso, cheguei pro chefe e falei que tinha comprado ingressos pra um show em São Paulo e queria saber se tinha algum problema se eu faltasse 2 dias. Assim, na cara de pau. Ah, o estágio, tão liberador. Pergunta se eu teria cara de pau de falar isso pro chefe fora da proteção oferecida pela condição de estagiária. No way.

O lado animador é que eu sou de novo caloura. Não mais na faculdade, óbvio, mas caloura na carreira. Isso traz de volta aquela sensação de que tudo é possível, de que tudo está ao seu alcance, de que você só precisa traçar um caminho e seguir nele até chegar onde quer. E se querem saber, tenho me sentido meio assim. Daqui a alguns meses talvez essa ingenuidade de caloura seja corrompida. Talvez. Mas por enquanto eu vejo as coisas muito claras e sei que tenho que me jogar de cabeça nos meus planos enquanto ainda não cedi de vez ao cinismo.

Otimismo cauteloso. Essa é a minha expressão atual, sem esquecer jamais que every plan is a tiny prayer to father time. Thanks, Mr. Gibbard.
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