21 abril 2009

Right now I feel each and every fragment (ou sobre meu sentimentalismo barato)

Não sei se é a proximidade do meu aniversário ou se é culpa do passar dos anos, mas aquela sensação de que cada vez mais me entrego ao meu lado sentimentalóide parece mais viva que nunca. Tenho sentido tudo e com intensidade. Eu já falei aqui que me ligo em gestos.

Outro dia recebi o link de um vídeo. Uma amiga que está viajando e foi num show do Maxïmo Park gravou um pedaço de Books From Boxes pra mim porque sabe que adoro essa música e mandou o vídeo. Presente pra mim, dizia ela. Achei o gesto bonitinho. De verdade. É daquelas coisas que me deixa com um sorrisinho besta no rosto e faz com que me sinta benquista. É um gesto pequeno, sutil, mas é o que basta. Eu gosto de pequenos gestos.

Em outra ocasião, no local preferido de happy hour de quem trabalha no Centro do Rio, a Lapa, depois de alguns chopes, muitas risadas e piadas infames, decido encerrar minha noite. Vou me despedir das pessoas. Um amigo me abraça. Daqueles abraços mais eloqüentes que um discurso inteiro. Me beija no rosto, diz que me adora e volta a me abraçar forte antes de pedir que eu avise quando chegar em casa. E se antes eu achava que o adorava também, acho que hoje posso dizer que é recíproco quando ele me mandou um sms dizendo me amar. E estamos falando aqui de amor apenas no plano da amizade, sem qualquer segunda intenção ou hidden agenda. E isso me faz feliz.

Talvez no espírito de reparar males anteriores tenha decidido me desculpar recentemente com um cara por ter sido escrota com ele. Ele me pareceu magoado a princípio, ainda que isso não afetasse a amizade. Depois de um tempo resolvemos partir pra sinceridade inconseqüente. Sei que lá pelas tantas me foi dito que uma longínqüa noite foi intensa. O pior de tudo é saber que essa impressão foi unilateral. Eu não sei lidar com pessoas então resolvi não desmentir a impressão alheia.

Agora to aqui pensando em comemoração. No que fazer. E pensando no e-mail que será enviado a algumas pessoas. E a quem vou mandar e-mail convidando. E isso é muito complexo porque eu não queria ser obrigada a convidar algumas pessoas por mera convenção social. Mas sou.

Também to me preparando psicologicamente pro possível choque dos meus mundos. Uns 2 ou 3 deles na verdade. Só o fato de gente do trabalho me ver com outros tipos de pessoas vai ser no mínimo curioso.

Enfim, que venha mais um ciclo. Se acontecer algo bizarro ou surreal vou acabar contando aqui mesmo (desde que não seja absurdamente comprometedor) que eu me conheço. E a saga do meu pseudônimo continua. Confesso que não consegui pensar em nada. Só sei que esse "C." precisa chegar ao fim.
|