11 janeiro 2009

Stagnancy makes me drown and I really want to live

Eu odeio ir a médico. De verdade. Pra vocês sentirem o nível de resistência, eu só baixo em um consultório se acontecer algo que realmente mexa em algum sistema de alerta. E foi o que aconteceu no apagar das luzes de 2008. Aí lá vou eu correr e encarar hemograma completo, bateria de exames e remédio tarja preta. Mas tudo bem, vida que segue. Agora penso que as coisas nem são tão apavorantes quanto imaginei. Enfim, é hora de tomar vergonha na cara e cuidar de mim.

Daí que eu resolvi que já que esse ano eu preciso prestar mais atenção em mim e não me negligenciar tanto por causa do trabalho, penso em fazer terapia. Dessa vez sério, sem sabotar a pobre da médica e, conseqüentemente, a mim mesma. Porque a primeira vez que eu fiz algo nesse sentido eu era uma adolescente pirada com o vestibular e tratei tudo com um pragmatismo absurdo. Fiz o que tinha que fazer pra ficar normal para as provas e estudar onde eu queria. Sem muitas ilações e análises das grandes questões da minha vida. Eu só precisava manter um certo grau de normalidade que não comprometesse minha performance. Tudo muito prático.

Acontece que de lá pra cá alguns acontecimentos me alteraram. Eu não sou mais a adolescente vestibulanda. Aquela ali morreu tem tempo. Agora eu sou a Dra. C. responsável por mais de 10 mil processos em 3 Estados, que supervisiona a atuação de mais de 10 Escritórios de advocacia, gere uma galera, analisa previamente toda e qualquer comunicação feita pela empresa em qualquer veículo de mídia do país y otras cositas más. Nas horas vagas eu sou só a C., aquela baixinha folgada que cita bandas que ninguém conhece e é meio nerd (ou geek, sei lá). Não é fácil.

Então em 2009 tentarei cuidar mais de mim e também resolver as grandes questões psicológicas da minha vida. E isso tudo brincando de malabarismo com os assuntos profissionais. Me desejem sorte.

Acho que no fundo esse post aqui tem como fio condutor a música New Resolution de uma das minhas bandinhas desconhecidas, Heartless Bastards. O título do post é parte da letra.

Ah, o update final da confusão do meu processo criminal: o Ministério Público pediu o arquivamento do feito. Então é isso, nada de ficha criminal pra mim. Melhor notícia do início do ano!
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