16 janeiro 2009

Nobody said it was easy

Então essa semana pela primeira vez na história desse país eu tive que dar uma chamada fodida em um subordinado. E eu odeio fazer isso. Sabe aquela coisa de se sentir carrasca? Pois é. E esse não é bem o meu perfil. Eu sou a engraçada, a meio doidinha, a que tá sempre rindo e fazendo piada. De repente me vejo pedindo pra outrem ir pra sala de reunião e dando esporro. Depois eu fico com pena e tal, mas não posso ser leniente com uma desatenção que pode me foder por completo.

E por mais que eu odeie isso de ficar no pé alheio, admito que tenho que mudar um pouco a minha postura corporativa. Não que eu realmente precise mudar, só preciso fazer um pequeno ajuste. Preciso entender que ter um perfil conciliador é legal, mas que às vezes, por mais que me desagrade, a gente tem que entrar na canela alheia com todas as travas da chuteira. E eu preciso continuar mantendo a calma, porque perder a cabeça com o interlocutor idiota do outro lado da linha não vai me beneficiar em nada.

A impressão que eu tenho é que 2008 foi o ano de ambientação. Welcome to the real world she said to me, condescendingly. Valeu, John, to aprendendo. Foi o treino. Agora é pra valer e as apostas estão ainda maiores. Não sei se é ingenuidade minha ou não, mas acredito que o melhor que eu posso fazer ainda está por vir. I'd like to think the best of me is still hiding up my sleeve.

Ah, mudando um pouco de assunto, lembram d'A Professora de Teatro? Pois bem, não é que ela virou leitora disso aqui? Durma-se com um barulho desses! Se eu entrar no segundo módulo de aulas (admito estar curiosa com relação a isso) to ferrada. Porque ela não vai acreditar em uma máscara qualquer que eu invente pra me manter na defensiva. Tá arriscado ela mandar um "não to comprando essa idéia!" assim, na minha cara. E aí eu vou ficar com aquela cara de "como fas////". Sendo que eu nem posso fazer essa piada porque ninguém do ambiente trabalho fala tiopês. Anyway.

Acho que amanhã vou comprar um item decorativo pra minha estação de trabalho. Assim, infame. Pra fazer companhia pro mini Darth Vader que me deram de presente e fica perto do meu telefone. To aqui pensando onde começa o "ambiente feliz" tão encorajado pelo RH e onde começa o solapamento da seriedade corporativa. Afinal, que tipo de advogada tem memorabilia do Star Wars na mesa? Ah, fuck it.
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