27 dezembro 2007

Sobre sentir-se confusa

Vinícius, se é que posso citá-lo aqui, disse que a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. A parte dos encontros é o lado fácil da história. Já os desencontros, são eles que confundem. A minha vida tem lá seus desencontros. Todos nós os temos. O problema é que eu rumino meus desencontros. Ruminar é bem o termo. Há quem diga que a explicação metafísica da gastrite é a inabilidade de digerir bem certos acontecimentos que nos contrariam. Bem, deixa isso pra lá. Voltemos aos desencontros e confusões.

Me pergunto agora como devo interpretar as coisas. Palavras, gestos, entonações. Me pego repensando um assunto antigo. Hoje eu sou C de confusão. Porque gostaria de saber todas as respostas pras perguntas que me faço sobre um certo incidente, mas não encontro respostas. Pudera, "a gente nunca pode julgar o que acontece dentro dos outros". Se eu soubesse o que se passa dentro dos outros a vida seria infinitamente mais fácil.

Se eu soubesse o que se passa dentro dos outros, mudaria o que acontece dentro de mim? E o que exatamente acontece dentro de mim? Essa virou a grande questão dos últimos dias de 2007. Seja o que for, será resolvido em breve. Muito breve. Há que se aplicar uma resolução soviet ao assunto. Para o bem ou para o mal.

No apagar das luzes de 2007 temo que me falte o chão.
|