16 abril 2007

Cenas de um fim de semana

Pois bem, fim de semana e lá fui eu me meter numa cidadezinha serrana. Não por vontade própria, viagem de trabalho. O chefe achou legal enfurnar num hotel gente do Brasil inteiro que trabalha no departamento. Hotel legal, não posso reclamar, mas cheguei lá puta da minha vida porque ia trabalhar no fim de semana.

Chegamos na sexta e rola filminho motivacional. Aliás, a escolha do filme era segredo e todo mundo tava querendo descobrir o que veríamos. Havia um medo coletivo de que o filme fosse Dois Filhos de Francisco. Sorte nossa, não foi. Mas foi um filme que eu não gosto muito. Minha opinião sobre o personagem principal era e continua sendo a seguinte: é um retardado, um idiota. Mas no filme ele é tratado como gênio incompreendido né? Humpf. O Surreal acontece quando no final do filme o chefe puxa um papel do bolso da camisa pra destacar cenas importantes, na opinião dele, e começa a querer interpretar cenas elementares. Nesse ponto eu só pensava no absurdo que era alguém querer interpretar por mim um filme.

Primeira noite: jantar no hotel e depois longa conversa com direito a histórias constrangedoras de um advogado. Mas tudo bem, ele passou o fim de semana inteiro bebendo e falando merda então tá tudo em casa.

Sábado. Acordamos cedo pro dia que seria o verdadeiro dia de trabalho. Discussões o dia inteiro, elaboração de projetos e localização de problemas. tudo muito fascinante não? E eu lá, de all star. Porque o fim de semana é meu e nem fodendo que eu ia passar meu fim de semana toda corporativinha. Depois do longo dia um grupo resolveu se meter numa boate (ou boite, como preferirem) local. Prevendo que seria furada resolvi não ir. Fiquei no bar do hotel. Foda que o barman ficou amiguinho do nosso grupo então as doses de bebida nos drinks não eram as doses habituais, eram doses exageradíssimas. Eu acho que eu bebi nessa noite pouco mais de meio litro de rum. Ah sim, a bebedeira pesada começou depois que o chefe foi dormir.

Domingo. Acordo com o meu estômago pegando fogo. Domingo era dia livre então resolvi nem descer pro café da manhã. Tomei meu banho e me meti no quarto de uma amiga. Aliás, várias pessoas foram pra esse quarto. Óbvio que a conversa consistia em bebida e sacanagem. Várias pessoas de ressaca e eu enjoadíssima. Aliás, passei meu domingo enjoada. Na despedida, um discursinho de encerramento. E eu levantei no meio do discurso e fui no banheiro porque achei que ia vomitar, olha que fofo. Mas o chefe nem percebeu então tá tudo bem.

Resultado final da viagem: muitos projetos, muito trabalho, muitas joselitagens e inúmeras gargalhadas. Porque a gente se fode pra caralho, mas também nos divertimos horrores.
|