11 abril 2007

Seguindo a série aniversário me faz pensar.

Pois bem, eu sou viciada em documentários. Quando chega a revista de programação da tv por assinatura eu corro pra ver quais documentários estão programados pra passar naquele mês. E eu baixo depois os que eu gosto. E é foda achar documentários pra baixar. Eu demorei dias pra conseguir baixar um sobre como roteiristas escondiam tramas homossexuais em filmes. Você sabia que Bem-Hur é um filme gay? Pois é. Só não contaram pro Charlton Heston porque ele ia ficar puto, mas o outro ator sabia. Não há mulher como Gilda? Humpf...o negócio do cara nem era a Gilda, era o marido dela. Mas isso é outro assunto.

Enfim, isso foi só uma nota introdutória (como sempre) pra falar que isso de aniversário (não, eu não vou dizer a data e nem fazer post especial no dia) e um documentário me fizeram pensar na década de 80. No tal filme dizem que a época de ouro do cinema foram os anos 70 ou um intervalo entre 1966 e 1976. Sei lá. Só sei que vi cenas de filmes dos anos 80 e bateu um saudosismo. A famosa cena do banquete bizarro de Indiana Jones, o Tubarão do Spielberg (e saiba que todo o suspense do filme é fruto de acidente e falha técnica). Sei lá, me parece que a década de 80 era uma época mais inocente. Os filmes por exemplo, eram absurdamente mentirosos, mas era divertido. Indiana Jones era um absurdo atrás do outro. Como assim o cara pula de um avião num bote e desliza montanha abaixo na neve até chegar num rio? Absurdo! Mas extremamente divertido. As coisas eram mais leves. Tá, eu posso citar filmes barra-pesada da década de 80, mas não era o clima dominante. O que dizer dos Goonies? Um bando de garotos numa caça ao tesouro. Uma Noite de Aventuras, aquele filme da Elizabeth Shue como babá de uma menina que é fã do Thor e que tem a clássica cena num bar onde um negão fala “ninguém passa aqui sem cantar um blues!”. E os efeitos especiais? Absolutamente toscos. Em Tubarão mesmo, o monstrengo é absurdamente tosco. Mas nos anos 80 aquilo era o máximo. E mais, se esse filme fosse refeito hoje com toda a tecnologia seria uma porcaria. Não tem como recriar aquele momento. Engraçado que escrevi isso e ao voltar pra casa no fim do dia, andando pela minha rua, ouvi os primeiros acordes de Don’t you forget about me do Simple Minds. Lembrei de Breakfast Club e não consegui disfarçar um sorrisinho, principalmente depois que alguém começou a desafinar no “hey hey hey hey uuuh oooooooooh”.

Então é isso, por um momento senti falta da inocência e da diversão dos anos 80. Do improviso, da fantasia. Porque tem muito filme aí que é um desfile de efeitos visuais sem qualquer propósito. Claro que efeitos visuais podem ser usados em benefício da história (Senhor dos Anéis, Sin City, Harry Potter e um monte de filmes cheios de chroma key), mas sei lá, falta alguma coisa. Pior de tudo, acho que não estou conseguindo me fazer clara. Tudo bem.

Enfim, era só uma defesa de parte dos anos 80. Não tudo porque as roupas dos anos 80 eram absurdas. Eu vejo fotos antigas e penso “mas como diabos minha mãe me deixou sair de casa assim?!?”. Ela, por outro lado, vendo as mesmas fotos num comportamento materno típico solta uns “tão bonitinha”. E se eu soltar um palavrão ela fala “uma mocinha tão bonitinha com uma boca tão suja”. Humpf...mães. A minha é doida, mas imprescindível.
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