24 junho 2007

I'm a mean bastard (e abuso dos anglicismos)


Eu acabei de me dar conta de que eu passo a maior parte do tempo fazendo pequenas ironias e comentários politicamente incorretos.


Cena 1:

Pessoas conversando. De repente alguém fala na Charlotte Church. Pra você, desmemoriado, Charlotte Church era uma menina inglesa que cantava música erudita. Ou seja, sempre achei aquela menina uma praga de tão chata. Voltando à cena. Falam na Charlotte Church. Eu, politicamente correta que sou, mandei logo: "Aaaah, sei...aquela menina que cantava com aquele cego...". Hoje em dia Charlotte Church é apresentadora de talk show, sem noção e cachaceira. Enfim, uma pessoa mais iluminada. Ela até fez dueto com a Amy Winehouse (bêbada, óbvio).


Cena 2:

Conversa no MSN que começa comigo dizendo I need advice. Por quê? Porque de uns tempos pra cá, bem, eu não sou eu mesma. E no meio dessa conversa dizem que eu praticamente virei o Joey, aquele de Friends. Em minha defesa eu digo que isso é mentira porque eu não saio falando "How you doin'?" pra todo mundo. Enfim, sou acusada de manter um comportamento predatório. O que é uma grande mentira. Pelo menos eu acho. Enfim...


Cena 3:

Gente feia. Gente feia se achando bonita. Gente feia se achando bonita e alardeando aos quatro cantos o quanto eles são lindos/gostosos (sim, estamos falando dos álbuns do orkut). Nessa hora eu viro e falo que de fato Deus é sábio. Ele sabe dosar as coisas. Tipo, ele deve virar pra essa gente antes de despachá-los pra cá e dizer: "olha, eu vou te fazer muito feio. Horrível mesmo. Em compensação eu vou te dar uma auto-estima absurda!". Daí tanta gente feia achando que é a última coca-cola do deserto. Auto-estima é tudo.


Em resumo: eu sou ruim e não valho nada. Mas como eu sou legal eu me salvo.
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