15 março 2008

Das divindades musicais do meu mundo

No meu mundo Paul Banks tem status de divindade. Uma divindade grega, não uma divindade cristã, que fique bem claro. Porque as divindades gregas eram chegadas nos prazeres mortais e o vocalista do Interpol tá entre as minhas fixações sexuais do mundo da música.

Quinta-feira, chuva, Lapa, Fundição Progresso. Aquilo é um pardieiro, mas eu vou pra lá numa boa. Penso no Interpol e esqueço aquele lugar, o som que é uma porcaria ou as goteiras. Todos os hits estão lá e eu adoro, mas eu entro quase em transe ouvindo músicas que não são hits. Rest My Chemistry é linda. Um amigo me disse que com Rest My Chemistr o Paul Banks come qualquer mulher do mundo. Pela performance ao vivo concordo.

O tempo parece voar. Eu, a falsa blasé. Por fora parecia nem ligar, por dentro mal podia me conter. Falsa blasé como a própria banda. Fim de show, luzes vermelhas acesas no palco. A capa de Turn On The Bright Lights. Chego em casa de madrugada, molhada de chuva, com frio, com poucas horas de sono pela frente, temendo pegar uma gripe.

Trabalho cansada, mas com um irritante sorrisinho no rosto. A música continua a me salvar.
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