25 outubro 2006

Eu tinha escrito um post mas meu computador deu ataque e perdi tudo. Vamos então recriar as coisas. Vejamos se dessa vez consigo me expressar com maior clareza.

A pessoa que escreve aqui hoje tá num clima loser. Eu ligo pra uma amiga, preocupada com algo que aconteceu, e ela diz que eu trabalho demais. Escrevo um e-mail pra me desligar de um compromisso. Penso nas coisas pendentes. Nas coisas que ainda preciso escrever. Preciso escrever sobre assuntos burocráticos, tentar dar algum enfoque interessante, mas não ando inspirada.

Alguns dias atrás levei uma dispensada. Claro que na hora fiquei puta e etc. A vontade era xingar o cara, mas eu sou a imagem do auto-controle então me mantive muito calma, bem blasé. Mesmo que por dentro eu o chamasse de escroto superficial. E então fiquei ruminando isso com os meus outros problemas. Porque pensar demais é um dos meus defeitos, senão o pior deles.

Então cheguei a uma conclusão. Essa minha falta de jeito pra aceitar a dispensada nem é por causa dele. Não. Na verdade eu aceitaria tudo numa boa se EU tivesse dispensado. O que temos aqui é o caso clássico da menina mimada com o orgulho ferido. Então eu escuto Orestes do A Perfect Circle no repeat. Porque eu gosto de ouvir APC quando estou assim, estranha.

E são 00:26 de terça-feira. Eu devia estar dormindo. Afinal, amanhã tenho um longo dia pela frente. Todos dormem na casa menos eu. Me poupem de referências a uma certa música da Legião Urbana. Meu negócio é APC. Se é pra ser atormentado que seja do jeito pirado do Maynard James Keenan.

A verdade é que ando com sensações estranhas. Parece que a qualquer momento vou ter que enfrentar questões que venho evitando. Tenho pensado em finais. Seja o fim de um ciclo, seja a mortalidade alheia. "I can almost hear you scream...".

Eu desisti de fazer sentido. E preciso parar de pensar demais. "Gotta cut away, clear away". Preciso dormir...

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